Desde 2002, ano do Penta, os torcedores brasileiros não sabem o que é alegria no futebol. Na verdade, não temos mais empolgação – daquelas que inspira vestir a camisa, o corte de cabelo, o nome do primogênito.
Podemos abrir a boca para dizer isso com muita consciência, pois estamos vendo, gradativamente, a Seleção Brasileira perder sua força, ainda com o risco eminente de ficar de fora da próxima Copa do Mundo. Tite, treinador que chegou agora pouco para substituir Dunga, não mede palavras para admitir isso.
“Nós não estamos em uma zona de classificação. É fato real que pode sim (ser classificada) e que o trabalho todo vai ser desenvolvido neste sentido. Eu acredito que vá dar esta condição. Mas corre-se o risco de ficar fora. Claro que se corre. Se tu não aceitar a possibilidade que elas são reais e que está na nossa frente você vai estar fugindo da realidade”, disse à Agência Brasil, no início da semana.
As ressalvas, nesse caso, seriam não perder mais para países de fraco futebol, não entrar em campo para mostrar um jogo pobre e, muito menos, ser desclassificado de competições em que naturalmente seriamos favoritos. Coisas básicas para quem já foi melhor do mundo.
Enfim, para voltar ao patamar que ostentou um dia, basta o básico mesmo, pois até isso o nosso selecionado parece que desaprendeu após o avassalador 7×1, em 2014. Quanta injustiça para nós brasileiros. Quanta injustiça…
O ápice de todo esse mal que estamos vivenciando aconteceu recentemente. Ser desclassificado da Copa América para o Peru foi o estopim para mandar Dunga pra fora, para tentar reformular, para tentar sobreviver, sair desse marasmo.
A partir de agora, vamos ficar sentados em frente à TV, para ver, sem desmerecer, o novo treinador. Ele tem bagagem. Vamos mergulhar na esperança de um novo futebol.
Tite mostrou postura em conversa de negociação com a CBF. Quer escolher os jogadores e os adversários dos próximos amistosos, pois já tem uma visão muito próxima do mundial 2018. Se na Canarinha ele fizer metade do que já fez no Corinthians, ‘’tamos dentro’’.