O acesso do Vera Cruz na tarde deste domingo (13) para a primeira divisão do Campeonato Pernambucano preenche um hiato de longo dez anos sem os dois times se encontrarem na elite do futebol Estadual. Para ser mais preciso, são oito anos sem nenhum clássico entre Vitória e Vera por competições oficiais, tendo em vista que o último confronto entre os rivais ocorreu em setembro de 2013, só que pela segundona.
O Clássico Vi-Ver, enfim, deverá ocorrer em 2021, graças à excelente campanha do Galo das Tabocas na Série A-2, com direito a título em Santa Cruz do Capibaribe. Jogando contra o Ypiranga, lanterna da fase de acesso, o time vitoriense bastou apenas empatar em 1 a 1 para conquistar os dez pontos e ser o clube que mais vezes levantou o troféu do torneio de acesso: 4 vezes.
Para chegar até aí, a equipe não esteve sozinha. Além do apoio do próprio Vitória por intermédio do presidente do clube e prefeito eleito da cidade, Paulo Roberto, o tricolor fez uma parceria com o Retrô, que disputa a primeira divisão. O vínculo rendeu empréstimo de jogadores, e a cessão de um centro de treinamentos de primeiro mundo para o Galo treinar.
Com o acesso do Vera, entra em questão a reforma do Carneirão, que segue sem jogos oficiais desde 2017. Apesar da promessa de um novo estádio ser construído pela prefeitura, as obras não tiveram mais andamento e o prazo para o término da obra foi perdido, tendo em vista que na ordem de serviço assinada em março deste ano, o tempo de conclusão era de seis meses, mas agora já são nove. Ou seja, três meses de atraso.
A expectativa agora gira em torno da finalização da obra em tempo hábil para o Pernambucano, que deve começar no final de fevereiro. A parte administrativa do estádio é a mais avançada, como vestiários, banheiros e coberturas do setor. A drenagem também foi concluída, entretanto, a estrutura de arquibancadas está comprometida.
O veredito final sobre o futuro do Carneirão só poderá ser dado em janeiro, quando o novo prefeito assumir e uma equipe técnica realizar uma triagem para entender as necessidades estruturais da obra.