Familiares, amigos e moradores da comunidade de Ladeira de Pedra, situada na zona rural de Vitória de Santo Antão, protestaram no último sábado (26) por Justiça e mais segurança na zona rural de Vitória de Santo Antão que vive sendo alvo de criminosos.
O protesto começou às 8h da manhã, os pais do jovem José Rubens Nogueira Coutinho, de 25 anos, cobraram mais agilidade na elucidação do inquérito que investiga a autoria do homicídio registrado em outubro deste ano.
A motivação já está bem clara, pois Rubinho saia para trabalhar em uma fábrica, localizada às margens da PE 050, que liga Vitória a Glória do Goitá, na Mata Norte. No trajeto, às margens da Rodovia PE 045 uma dupla em outra moto aproximou-se, anunciou o assalto e a vítima assustada acelerou o veículo. Os bandidos, armados, efetuaram impiedosamente quatro disparos e um deles atingiu as costas do jovem que não resistiu e faleceu. Apesar da investida, a moto não foi levada pelos marginais.
Mas o que foi feito até o momento para sanar o problema da violência na região? Nada! Infelizmente, a vida de Rubinho foi interrompida de forma cruel e brutal e somou às estatísticas de mais uma vítima dos números do falido “Pacto Pela Vida” – programa do Governo do Estado que monitora os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) e Crimes Violentos Contra o Patrimônio (CVP).
Em passeata, com cartazes e palavras como “justiça e mais segurança”, a população saiu da comunidade de Ladeira de Pedra até o Centro da cidade para cobrar e chamar a atenção das autoridades.
No trajeto os manifestantes de forma pacifica fizeram uma parada para homenagear o rapaz que teve a vida ceifada. O local em que ocorreu o crime ficou marcado com uma cruz azul que foi enterrada pelos familiares da vítima.
A mãe de Rubinho, a dona Lia Nogueira Coutinho, ao lado do irmão, fixou o objeto que tinha escrito o nome, ano de nascimento e dia que Rubinho deixou todos nós.
De lá, o grupo seguiu para a Praça Leão Coroado, com carro de som, apitos e segurando faixas com pedidos de mais segurança. A concentração durou alguns minutos e logo depois ganhou a Avenida Mariana Amália.
A mãe de Rubinho, abatida, foi abraçada por uma mulher que participava do movimento. O tio de Rubinho segurou o microfone e explicou aos transeuntes o motivo do protesto.
Veja o vídeo:
Apesar do clamor da população a região continua sem receber auxilio da Polícia Militar – que constitucionalmente falando tem a missão de realizar o patrulhamento ostensivo e preventivo. O 21º Batalhão da Polícia Militar, que é o responsável pelo patrulhamento na região, tem o lançamento extraordinário da Patrulha Rural, no entanto, a especializada muitas vezes é redirecionada para o Distrito de Massaussu, em Escada, na Mata Sul, para reforçar o policiamento na localidade, no entanto, a zona rural de Vitória de Santo Antão segue refém das ações criminosas que inquietam e amedrontam os moradores. Até quando?
