Com poucos registros de roubos e furtos, o bairro Doutor Alvinho, localizado na área urbana de Vitória de Santo Antão, vem recebendo reforço no policiamento ostensivo e preventivo. Quem passa pela localidade, sempre encontra uma ou duas viaturas da Polícia Militar parada de forma ‘’estratégica’’ em pontos da comunidade.
A foto enviada através do WhatsApp Diário Policial (81) 98525-6879, mostra uma viatura do 21º Batalhão da Polícia Militar estacionada dentro da comunidade – que é considerada uma área de alto risco, de acordo com a Corporação.
Apesar do bairro já receber o patrulhamento ostensivo que é realizado por uma equipe ordinária (24h), militares que compõem a Operação Força de Recobrimento Tático Extraordinário (FORTE) ainda reforçam a área – inclusive com revezamentos a cada 12h, segundo informações extraoficiais.
A preocupação em não deixar o bairro despoliciado é tão imensa que para os policiais fazerem refeição ou necessidades fisiológicas, só são autorizados a deixarem o local após a chegada de outra equipe [a rendição]. Outro detalhe importante é que o veículo fica sempre desligado para evitar um consumo maior de combustível. O militar, além de permanecer em um local de alto risco, sofre com as altas temperaturas dentro ou fora do automóvel.
Enquanto Doutor Alvinho tem essa atenção especial, o bairro da Bela Vista, que já registrou diversos roubos e furtos é esquecido pelo Batalhão Monte das Tabocas. Várias ações criminosas foram registradas e repercutiram na mídia pernambucana, mas nada foi feito para propiciar mais sensação de segurança aos moradores.
“É impressionante o descaso com a gente da Bela Vista, enquanto tem bairro que tem polícia ‘a fole’ – a Bela Vista não tem um carro de polícia para fazer ronda. O Estado só serve a um e a outros não, é? É lamentável”, disse a dona de casa Lúcia Maria, de 58 anos.
O Blog Nossa Vitoria procurou moradores da comunidade de Doutor Alvinho, mas ninguém quis comentar sobre a presença frequente dos policiais. Por meio da coluna Diário Policial, os residentes em bairros como Bela Vista, Bairro Novo, Alto José Leal e Borges, fazem um apelo à Diretoria Integrada do Interior (DINTER I) que gerencia as unidades operacionais do interior do Estado, pois a demanda não foi resolvida pelo comandante do Batalhão.
“Alguém veja a nossa situação, pois temos comércios vivemos assustados e pensando a todo tempo que vamos ser roubados. Quem for de direito, que resolva, do jeito que estar tá difícil demais”, desabafou um comerciante que não ter o nome revelado.