O governador Paulo Câmara assina na manhã desta segunda-feira, no Palácio do Campo das Princesas, convênios de cooperação técnica para a implantação de Parques Urbanos Ambientais em cinco municípios pernambucanos: Taquaritinga do Norte, Vitória de Santo Antão, Caruaru, Bezerros e São Caetano. Batizado de “Janelas para o rio”, o programa será executado nas bacias hidrográficas dos rios Capibaribe e Ipojuca. Com prazo de execução de 20 meses, a iniciativa conta com um investimento de R$ 11,2 milhões, recursos provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro).
Ainda durante a solenidade, o governador assina as ordens de serviço para duas outras ações. A primeira viabilizará a ampliação da rede de monitoramento meteorológico e de alerta operada pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), por meio da sua sala de situação. A segunda ação consiste em realizar o diagnóstico ambiental dos reservatórios de Pirapama, Jucazinho, Carpina, Tapacurá, Poço Fundo e Várzea do Una.
Janelas para o Rio – “Este projeto está muito mais voltado à vivência da população junto ao rio e à melhora na qualidade da água do Ipojuca. Em algumas áreas, por exemplo, serão recuperados cerca de 30 metros de largura da margem. À medida que o projeto for entregue à população, as pessoas perceberão como é bom cuidar do rio e os benefícios que isso traz. A ideia é incentivar o lazer e a educação ambiental, voltados sobretudo aos residentes próximos a essas áreas”, argumentou o coordenador do PSA do Rio Ipojuca, Sérgio Murilo Guimarães.
Segundo ele, após a conclusão das audiências, haverá a compilação das discussões e elaboração do projeto básico. No primeiro semestre de 2016, serão contratados os projetos arquitetônicos e paisagísticos para em seguida darem início às obras.
“As prefeituras dos três municípios ficarão com a cessão das áreas ribeirinhas e a manutenção dos parques, quando estiverem prontos”, afirma Guimarães. Os três parques receberão um investimento de R$ 6,6 milhões. Os recursos são do Governo do Estado e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). As ações estão sendo executadas pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e pela Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC).
“O Rio Ipojuca está bastante sofrido. Ao longo dos anos, as pessoas foram ocupando desordenadamente as margens dos rios. E isso tem sido um fator preponderante para acelerar o processo de degradação das margens e da mata ciliar. Com essa degradação, as pessoas começam a dar às costas para o rio, piorando a situação”, diz Sérgio Murilo. Acrescido a isso, o estuário do Rio Ipojuca também foi bastante alterado, nos últimos 20 anos, em decorrência da instalação do Complexo Portuário de Suape.