História
Cidade de Braga
Em 1626 O português Antonio Diogo de Braga, vindo da Ilha de Santo Antão do Cabo Verde (Portugal), fixou residência com seus parentes e edificou uma capela em homenagem a Santo Antão da Mata.
Santo Antão da Mata
Em 1774, a cidade de Braga foi chamada de Santo Antão da Mata, quando já tinha população estimada em 4866 habitantes. Aos sábados eram realizados feiras livres, onde os moradores fabricavam seus produtos artesanalmente, para atender comboios que vinham do sertão de Minas para comprar esses gêneros.
Santo Antão da Mata, além de sua situação privilegiada em termos de cursos d’água, situava-se como ponto de passagem do caminho que de destinava ao São Francisco através do Vale do Mocotó. O povoado, nessa condição, deve ter tido um relevante papel comercial, no qual se destaca o fato de que “em suas feiras semanais, os tropeiros vendiam gado para o abastecimento de Olinda e Recife, além de rapaduras e mel (fabricados nas engenhocas da freguesia), pano de algodão, tecidos (em modestas oficinas domésticas) e etc.
Vitória de Santo Antão
Evoluindo sucessivamente da condição de povoação a freguesia, passando posteriormente à categoria de vila pelo alvará Régio de 27 de Julho de 1811, assinado pelo então Príncipe Regente D. João, a mesma foi oficialmente instalada em 28 de maio de 1812.
Do seu território, faziam parte as freguesias de Bezerros e Santo Antão, abrangendo uma grande extensão de terra. “correspondendo, hoje, as áreas ocupadas pelos municípios de Vitória de Santo Antão, Pombos, Chã Grande, Gravatá, Bezerros, Caruaru, Bonito, São Caetano,Sairé, Camocim de São Félix, São Joaquim, Barra de Guabiraba, Riacho das Almas e Cortês”.
Pela Lei Provincial nº113, de 6 de maio de 1843, sancionada pelo Barão da Boa Vista, então Presidente da Província de Pernambuco, foi elevada a Cidade, tendo seu nome mudado para Cidade da Vitória, em homenagem à batalha ganha pelos pernambucanos sobre os holandeses no Monte das Tabocas. Este nome porém, não permaneceu devido a existência de um decreto-Lei que proibia a existência de duplicatas na toponímia nacional.
Após muita discussão, foi definitivamente aceito e reconhecido o nome da Vitória de Santo Antão, em 31 de dezembro de 1943, pelo decreto-lei estadual nº 952, para município, comarca, termo e distrito.
Geografia
Geomorfologia
A topografia da região é movimentada e irregular, principalmente em seu setor oeste, onde se fazem presentes os primeiros contra fortes da serra das Russas.
Na área urbana distingue-se, áreas situadas a altitudes elevadas, como as que abrangem os bairros residenciais do Livramento, Bela Vista, Alto José Leal, Caiçara,Nossa Senhora do Amparo, Etc.
Hidrografia
O Município de Vitória de Santo Antão abrange porções superiores de importantes bacias hidrográficas da Zona da Mata do Estado de Pernambuco:
Bacia do Rio Tapacurá que corta o município e é um dos mais importantes afluentes do Capibaribe. Afluentes: Rio Natuba, Riacho Ronda, Pacas, Mocotó.
E as do Jaboatão que abastece a cidade de Moreno, Pirapama que nasce no município e pequena parte da Bacia do Rio Ipojuca servindo de limite com o município de Primavera.
Clima
O município se encontra na zona de transição climática dos tipos: Aws e As com ligeira predominância do segundo, quente e úmido com chuvas máximas de maio a agosto.
Vegetação
A mata úmida perenifólia, que caracteriza o município de Vitória de Santo Antão, é exuberante de folhagem verde escuro, rica em cipós.
Símbolos da Cidade
Bandeira
A bandeira foi idealizada por Romero Conolly, Lei – 1521 em 14 de julho de 1972, aprovada pelo Prefeito José Augusto Ferrer de Morais e o Secretario de Educação Guido Galvão de Vasconcelos.
- As cores são azul e branca, estas cores simbolizam o sentimento de nossa fé;
- Os dois leões: a bravura dos pernambucanos;
- A esfera armilar: nossa 1ª arma que recebemos do D. Manuel após os feitos em Tabocas;
- A cruz: a origem portuguesa;
- O sol: raios de liberdade;
- O circulo vermelho: o meridiano (imaginário);
- Os louros: nossas vitórias;
- As três armas: homenageiam as três raças, Henrique Dias, Felipe Camarão e André Vidal de Negreiros (heróis da Batalha das Tabocas).
- Hino
Letra de José Teixeira de Albuquerque e melodia de Antão Amadeu Senna.
Vitória o nome teu somente encerra
O desejo maior que tem um povo
Quando eu ouço teu nome, oh minha terra!
Sinto as veias arfando em corpo novo.
Entre as tuas irmãs de maior glória
Apareces risonha e sobranceira.
Escrevendo um capítulo da história
De nossa amada terra brasileira.
No monte das Tabocas deu-te norte
De Fernandes Vieira a grande fama
E o feito de Mariana, ingente e forte
Atende à voz da Pátria que lhe chama.
Os campos teus floridos azulados
Repetem pela aurora e no sol posto
O grito de teus filhos denodados
Que nos legaram o dia 3 de agosto.
E os filhos teus, cantando noite e dia
Bem como outrora os bardos do tabor,
Vão levando braçados de alegria
Para enfeitar, Vitória, o teu valor.
E se um dia o rincão pernambucano
Precisar do meu sangue em teu favor
Darei altivo como um pelicano
E destemido como um lutador.