Nem pibinho, nem pibão. A economia pernambucana cresceu 2,3% em 2012, duas vezes superior ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,9% do Brasil. Os efeitos da seca puxaram para baixo o PIB de Pernambuco, cuja projeção inicial da Agência Condepe/Fidem apontava para o crescimento de 4,5% no ano. Os dados foram divulgados pela agência nesta segunda-feira (11).
Segundo a agência, a estiagem dizimou os rebanhos bovinos e atingiu em cheio a avicultura, além de ter reduzido as lavouras permanentes, o que resultou na queda de 15% da atividade agropecuária. Em valores correntes, o total das riquezas produzidas no Estado totalizou R$ 115,6 bilhões em 2012. Com exceção da agropecuária, os demais setores da economia pernambucana reagiram positivamente em 2012.
A indústria cresceu 3,7%, alavancada pelo bom desempenho da construção civil com 3% de aumento no ano. No setor da construção estão incluídos os investimentos em obras públicas de infraestrutura, bem como o boom do setor imobiliário. O efeito seca também rebateu na indústria de utilidade pública, com a queda da geração de energia nas usinas da Chesf em Petrolândia.
O PIB do setor de serviços em Pernambuco cresceu 2,7% em 2012 , superior ao 1,7% do desempenho anual do país. O destaque ficou com o setor de transportes rodoviários e de carga, o que demonstra o aumento da movimentação de mercadorias nas rodovias do estado. Em relação a atividade comercial, o comércio varejista cresceu 3,7%, sendo o responsável pelo bom desempenho em 2012 no estado.