Vinte e quatro horas após o incêndio que destruiu o supermercado Palácio dos Alimentos, na Avenida Mariana Amália, Centro de Vitória de Santo Antão, o Corpo de Bombeiros seguem com trabalhos. O fogo, iniciado pela madrugada, foi controlado por volta das 15h, desta terça-feira (19), no entanto, novos pequenos focos aparecem em meio ao entulho. A equipe agora trabalha na fase de rescaldo do estabelecimento, para evitar a reincidência das chamas. Cerca de 250 mil litros de água já foram utilizados na operação.
“É visivelmente paredes rachadas, a laje deformada, então assim, é difícil pra gente combater, remexer o entulho e colocar água, porque corre o risco de desabar”, explicou o capitão André Pereira, comandante do 1º Grupamento dos Bombeiros, em entrevista à Rádio Atual FM. “É muito arriscado a gente entrar e tentar remexer esse entulho. A gente tem que ficar combatendo esses focos de fora, de cima da laje da galeria. Se a gente for entrar e essa laje ceder, pode ocasionar uma fatalidade”, disse.
Ainda segundo o militar, o fogo começou na parte de cima do estabelecimento, onde funcionava uma padaria, e se alastrou, devido a grande quantidade de material inflamável. A fumaça foi visualizada de vários pontos do município. O telhado do supermercado teve parte desabada. As causas, no entanto, serão identificadas após perícia.
Três viaturas foram utilizadas para conter as chamas, além do apoio de caminhões pipas. “Muitas pessoas ajudaram a gente a conseguir água. A cidade se voltou para esse incêndio, que infelizmente aconteceu”, disse o capitão. Além de 15 militares do Grupamento de Bombeiros de Vitória, os trabalhos contaram com o auxílio de cinco do município de Gravatá, no Agreste. A Polícia Militar, Guarda Municipal e AGTRAN também auxiliam a operação.
Prédios vizinhos ao supermercado foram interditados. Uma vistoria realizada pela Defesa Civil do município irá analisar os danos. O estabelecimento comercial possui seguro parcial, de acordo com o proprietário, Jailton Albuquerque. “É um prejuízo que a gente não tem nem como calcular”, disse. Emocionado, o empresário acompanha os trabalhos no local. “A gente fica vendo a situação, sem poder resolver muita coisa, mas é isso. É pedir força a Deus”, contou.