Por Gilberto Claudino*
A quarentena e o isolamento social vêm de certo modo fazendo com que as pessoas repensem seus comportamentos, sua posição e o mais importante o que fazer para sobreviver.
Empresas quebrando, o mercado econômico entrando em colapso, o governo lento na geração de alternativas que vise auxiliar a população de baixa renda. Serão outras milhares de famílias que entrarão nas estatísticas da extrema pobreza no Brasil e no mundo, após este período nefasto que estamos vivendo e sobrevivendo, é pertinente a gente observar a história e tentar se organizar para sobreviver e sair ainda mais forte deste momento.
Os negócios começam a se reinventar e para buscar salvar empreendimentos, empresários e empreendedores recorrem a tecnologia como forma de sobrevivência neste momento difícil. Ë algo ainda assustador, no entanto, a economia precisa respirar, as pessoas precisam se alimentar e de insumos básicos para a sobrevivência e a manutenção da vida no dia a dia de forma comum.
Esta fase de isolamento social nos traz uma grande reflexão de como podemos viver com tão pouco, muito menos do que normalmente as pessoas esbanjam e buscam demonstrar nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp, o momento é de bastante reflexão e mais que isso reinvenção.
O setor educacional se aproximou ainda mais da tecnologia visto a necessidade de continuar com as aulas remotas com transmissão ao vivo e para crianças e adolescentes o grande desafio está ligado a concentração. A nova geração já está acostumada a utilizar recursos tecnológicos bastante sofisticados e descobrem que também podem estudar através do celular, pelo computador e via internet.
É um momento de ajustar os ponteiros e preparar essa nova geração para que entendam que a tecnologia não serve só para diversão, é também a possibilidade de expansão do conhecimento e de estudos relacionados as necessidades individuais e coletivas.
Medidas vem sendo tomadas pelo governo de forma emergencial para que a educação não seja afetada, flexibilizando regras e buscando promover alternativas para que haja a continuidade das atividades.
Diversos movimentos que estudam a educação já vem apresentando a alguns anos que é possível diversificar o sistema educacional objetivando a otimização dos custos, melhor forma de investir e agregar ainda mais valor a vida das pessoas.
Estamos vivenciando um momento de reconstrução das famílias e com isso maior participação de pais, mães, irmãos, familiares na vida das crianças e adolescentes. Membros da família se vendo como parte do projeto escolar de seus jovens e isso começa a gerar um sentimento de repensar a maior participação e atenção em tal acompanhamento.
Após está quarentena poderemos vislumbrar um novo momento social, respeito a natureza, valorização do abraço, higienização contínua e o mais importante interatividade presencial, respeito a VIDA. O momento é de grande desafio e seguir as regras a risca é bastante complicado, estamos acostumados há um ritmo frenético e de muita agitação, no entanto seguir as recomendações neste momento é o mais certo a se fazer para que possamos superar o período de quarentena.
Se conectar com informações verídicas emitidas através de boletins oficiais por parte dos municípios, dos governos estaduais e do Ministério da Saúde, se manter em isolamento, mesmo tendo a necessidade em suma maioria de manter uma família.
A educação e a tecnologia nunca estiveram tão juntas, no entanto é essencial para as famílias o alimento diário e a condição mínima de higienização.
O que será feito pós-pandemia da Covid-19, para onde vão os hospitais de campanha, as megaestruturas que estão sendo montadas, os equipamentos? Seria este o momento de reestruturar e fortalecer o maior sistema de saúde do mundo, o sistema mais organizado e que necessita de reestruturação para que possa atender ainda melhor a nossa população?
O processo de educação em saúde e prevenção se mostra muito assertivo neste momento. A união, estados e municípios precisam se reestruturar e organizar três pilares essenciais para este momento de reinvenção e da possibilidade de nos fortalecer pós-pandemia.
Estruturar o saneamento básico do nosso país, reestruturar o SUS e implementar ações mais próximas da população através do SUAS, os pilares essenciais para a garantia de dignidade e bem estar do povo brasileiro, um plano macro que utilize os recursos que são gastos sem necessidade no meio politico e nos órgãos públicos, a tecnologia demonstrou que muito pode ser feito e pouco precisa ser investido para a otimização e melhoria do fluxo de atendimento público, além da redução enorme de burocracia que enfrentamos.
Os setores produtivos privados se reinventam e começa a demonstrar maior otimização e geração de novas possibilidades de fazer receita. O brasileiro é a população mais criativa do mundo e com isso sendo dada as devidas condições poderemos salvar e resgatar nossa economia através de setores produtivos e dos pequenos empresários.
Fortalecer a formação dos empreendedores, dando auxilio e condições para que eles otimizem e aprimorem ainda mais a oferta dos seus serviços elevando a competitividade e ampliando as oportunidades.
É o momento de desenvolver negócios de impacto social, negócios que gerem possibilidades ao invés de ser olhado só a lucratividade, negócios que agreguem valor a vida das pessoas e que possa incluir.
Através da educação você conquista a liberdade, tenha atitude.
*Empreendedor, professor universitário, ativista social, CEO do Grupo Habitus