O presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse nesta segunda-feira (21) que militares do Exército vão reforçar as ações de limpeza das praias atingidas por óleo no litoral do Nordeste. De acordo com Mourão, um grupo de cerca de 5 mil militares, da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, em Recife (PE), começará a trabalhar na limpeza das praias a partir desta segunda-feira. “Fora os equipamentos que estão sendo distribuídos à Defesa Civil dos estados e municípios”, disse ele a jornalistas depois de reunião no Ministério da Defesa sobre o vazamento.
O presidente em exercício informou que o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, vai a Recife e também se encontrará amanhã (22) com os governadores da Bahia, Rui Costa, e de Sergipe, Belivaldo Chagas Silva, para organizar os esforços de limpeza das praias e que o material recolhido está sendo enviado para fábricas de cimento que utilizam o óleo na linha de produção. “A coisa vai sendo organizada”, disse.
Mourão disse que o governo trabalha com a hipótese de que o derramamento de óleo tenha ocorrido na região marítima próxima ao litoral do Rio Grande do Norte. “Todos os sistemas de inteligência estão trabalhando para tentar chegar à conclusão de onde partiu esse óleo. A área a gente já sabe, no bico do Rio Grande do Norte, antes de fazer a curva para o norte do Brasil. Pelo trânsito das correntes marinhas, se acredita que dali teria saído esse óleo. Aí agora é cruzar dados”, disse Mourão.
O presidente em exercício disse que o governo não demorou em dar resposta ao desastre ambiental, o qual classificou como “inédito no mundo”. De acordo com ele, o governo não demorou para acionar os protocolos de segurança, mas faltou mais comunicação.
Mourão comentou a decisão da juíza federal Telma Maria Santos Machado, que, em resposta a uma ação apresentada pelo Ministério Público Federal em Sergipe, reconheceu que o governo teria tomado as providências necessárias para conter o vazamento de óleo nas praias do Nordeste.
“A juíza já analisou, já mostrou que o governo, desde o dia 2 de setembro, já acionou os protocolos correspondentes. Apenas, mais uma vez, nos faltou comunicar mais isso aí”, disse Mourão ao sair da reunião.
Agência Brasil