Trêsadolescentes do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Vitória de Santo Antão distribuíram 1,5 mil mudas para moradores do distrito de Pacas, na zona rural do município. Os exemplares foram produzidos pelos socioeducandos em um viveiro florestal que funciona na unidade, situada na mesma região e administrada pela Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). O espaço foi implantado pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e é o primeiro do Estado a ser operado por jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. O objetivo da entrega das mudas foi estimular o reflorestamento no entorno.
Acerola, goiaba, graviola, cacau, abacate, trapiá e açaí foram algumas espécies disponibilizadas para os moradores da região. Além de ajudar na preservação do meio ambiente, os socioeducandos puderam exercitar a cidadania, criando vínculos e aproximando a comunidade local do espaço onde eles cumprem a medida de internação. “É importante que os adolescentes participem dessas ações para que tenham a consciência da importância e da preservação do meio ambiente. A ação trará a possibilidade de plantar no Sítio Pacas espécies de mudas que até então eram raras em nossa região”, explicou o instrutor Mauro Damião, do Case Vitória.
A implantação do viveiro florestal ocorreu por meio do Projeto Semeando Cidadania, eixo de atuação do Programa Florestar, da Compesa, e teve um investimento de R$ 13,4 mil. A iniciativa já era desenvolvida pela companhia junto a prefeituras, com a formação de estudantes como viveiristas florestais, parcerias técnicas para criação de planos de arborização municipais e distribuição de mudas produzidas em três viveiros existentes em Pirapama (Cabo de Santo Agostinho), Poção e Bonito. O espaço implantado no Case Vitória tem capacidade para produzir seis mil mudas por ano. É a primeira vez que ocorre a distribuição para a comunidade.
“Além da competência adquirida na experiência de operacionalização do viveiro e do envolvimento socioambiental da ação, não podemos deixar de considerar os desdobramentos subjetivos que brotam desse cuidado. É uma experiência que ainda vai surpreender muitos”, avaliou o coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando de Albuquerque, articulador da parceria que viabilizou a implantação do viveiro florestal.
Imagens: Divulgação/Funase