A trajetória de trabalho na empresa da Pitú, que em 2018 completa 80 anos de atividade, emociona o aposentado Romão de Souza Filho, de 68 anos. Ele relembra quando entrou na empresa como Auxiliar de Serviços Gerais, e através de sua curiosidade pelas máquinas e do desejo por aprender mais, se transformou em Técnico de Manutenção. Foram 36 anos de estrada, com muita admiração por seu trabalho.
“Para mim foi muita coisa feita, é uma vida ali dentro. Eu entrei com 25 anos e quando eu me afastei, tinha 61”, explica o aposentado. Segundo ele, todas as conquistas obtidas dentro daquele espaço lhe deram chance de crescer pessoalmente e profissionalmente, bem como criar seus filhos e família.
O mais curioso de tudo é que Romão não é o primeiro da família a estar naquele espaço. O pai dele foi quem abriu portas para que três gerações de parentes e trabalhadores pudessem crescer dentro da empresa. O pai de Romão passou 45 anos trabalhando com a Pitú, depois veio Romão, e hoje, é o seu sobrinho que mantém o trabalho em ordem.
Sidney Amaral de Souza, de 39 anos, atua como operador de máquinas no setor de Envasamento em Latas e afirma que já se sente parte da empresa: “Eu antes não estudava, só cursei até o Ensino Médio. Hoje, eu estou cursando a faculdade de Logística e já cursei Técnica em Alimentos. Meu avô tem uma história muito boa aqui dentro, meu tio também e agora eu quero fazer a minha história”.
História
Criada em 1938, no município de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Norte do Estado, a Pitú surgiu inicialmente para fabricar Vinagre e bebidas a base de Maracujá e Jenipapo, além de engarrafar Aguardente. A ideia surgiu a partir da conversa entre dois amigos, Severino Férrer de Morais e Joel Cândido Carneiro.
“Antes era tudo manual, lavava a garrafa na mão, era tudo ensacado em grade. Hoje tudo modificou, cresceu e tem ajuda das máquinas”, explica o encarregado de produtos da empresa, Severino Avelino Dantas.
O nome da marca como hoje conhecemos surgiu apenas em 1948. Pitú é derivado de um camarão de água doce, bem comum na área. Atualmente, ela adoça a maior parte das cachaças que vem de outros locais da região. São cerca de 95 milhões de litros de aguardente por ano, correspondendo a 400 mil litros por dia.
“Faço parte da terceira geração da empresa, e hoje já existe a quarta. O produto passou a ser um sinônimo da categoria da cachaça e este é o resultado do que antes era bem despretensioso, mas que deu certo”, comenta o presidente, Alexandre Ferrer.
Prêmio
A Pitú ganhou recentemente o Prêmio JC Recall, destacando-se como uma das marcas mais lembradas pelo público do Grande Recife. O evento aconteceu no dia 5 deste mês e contou com a presença dos representantes das marcas e de agências de publicidade. A Pitú ficou em primeiro lugar entre as marcas mais lembradas, seguido da Vitarella e da Honda Motos.
Para o presidente da Pitú, Alexandre Ferrer, o reconhecimento de empresa mais lembrada é fruto de muito trabalho. “Essa pesquisa que o JC realiza vem mostrar que nós estamos no caminho certo”, declarou.
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