Enquanto os pernambucanos se preparam para pagar mais caro pelo gás de cozinha, estão respirando com um pouco de alívio ao perceber o movimento de queda nos preços dos combustível ao longo das últimas semanas. Após a alta que aproximou o litro da gasolina dos R$ 4 no fim de julho, vários postos da Região Metropolitana do Recife (RMR) têm vendido o produto entre R$ 3,43 e R$ 3,75. Segundo representantes do setor, a queda é uma consequência da forte concorrência e uma reação à retração do consumo. A má notícia é que a expectativa é que os preços voltem a subir.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Ramos, a disputa do mercado local interno é a principal responsável pela retração observada nos preços registrados nas bombas. “Ninguém abastece em um posto onde a gasolina estiver 10 ou 15 centavos mais caro que outro. Então, se você mantém o preço que corresponde ao custo, você não vende. É uma situação complicada”, analisa. Segundo Ramos, a competição com base nos preços e descolada dos custos têm se tornado um problema para o setor, principalmente na RMR.
Já o diretor da Rede EcoPostos, Rafael Coelho, destaca que não há mais margens para redução e a tendência é de que a gasolina volte a subir. “Não houve nenhuma redução de custos, pelo contrário. Os postos estavam recondicionando seus estoques”. Mesmo assim, ele acha que os preços do litro devem demorar a voltar a se aproximar dos R$ 4 em Pernambuco.
REAJUSTE
Nessa terça-feira, a Petrobras anunciou um novo ajuste nos preços de saída dos combustíveis nas plantas de refino do País. A partir desta quarta-feira (11), a gasolina terá queda de 2,60% no preço. Já o preço do diesel sofrerá um recuo de 0,20%.
JC Online