Dados preliminares do Censo Escolar 2017 apontam que Pernambuco teve uma redução de 152,6 mil alunos matriculados em relação a 2016. Este ano, o volume de estudantes regulares foi de 1.529.440 contra 1.682.107 no ano passado. O levantamento é realizado anualmente no País e foi divulgado na última sexta-feira (8) no Diário Oficial da União (DOU). A avaliação leva em conta a quantidade de matrículas registradas em creches, pré-escola, ensinos fundamental e médio, e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), referentes à educação básica em estados, municípios e no Distrito Federal.
Nacionalmente foram registradas 2.187.894 matrículas em creches; 3.864.463 na pré-escola; 12.076.354 no ensino fundamental anos iniciais; 9.915.294 nos anos finais; 6.643.661 no ensino médio e 2.858.145 matrículas na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os dados abrangem escolas em áreas urbanas e rurais em tempo parcial e integral. Em Pernambuco foram de 53,5 mil matrículas em creches; 144,2 mil na pré-escola; 987,1 mil no ensino fundamental; 305,5 mil no ensino médio; e 183,1 mil nos cursos de EJA. A contabilização das matrículas serve de balizamento para que o Ministério da Educação (MEC) faça repasse de recursos e a execute programas e políticas públicas na área da educação. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é responsável pela coleta das informações do Censo Escolar.
No Estado, mais de 70 cidades não apresentaram matrículas para creche integral, seja ofertada pelo governo estadual ou municipal. É na assistência educacional deste público da primeira infância que Pernambuco tem a maior deficiência. Nesta lista de municípios sem creche integral estão localidades do Sertão, Agreste, Mata e RMR. Alguns exemplos são: Itamaracá, Custódia, Domentes, Exu, Ferreiros, Goiana, Ibimirim, Nazaré da Mata e Moreno. Em sete cidades, o censo não verificou crianças nem em tempo integral, nem em tempo parcial nas creches. Neste ranking constam: São Caitano, Santa Maria do Cambucá, Paudalho, Joaquim Nabuco, Itapissuma, Chã de Alegria e Caetés.
Procurado pela reportagem, o secretário de Educação de Pernambuco disse que só irá se pronunciar após analisar os dados.
Folha de Pernambuco