Após instrução normativa da Secretaria Estadual de Educação (SEE) para uso do nome social de estudantes travestis e transexuais femininas e masculinos na matrícula, fichas de freqüência e cadernetas eletrônicas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) também publicou no Diário Oficial do Estado (D.O/PE) orientações para que o nome social também seja respeitado durante o atendimento em todas as unidades vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) em Pernambuco. Além de informar aos serviços da publicação, a Coordenação Estadual de Saúde LGBT da SES também está fazendo um trabalho de conscientização nas unidades para reforçar a norma. O Hospital Correia Picanço, referência estadual para o tratamento de doenças infecto-contagiosas, foi a primeira unidade a receber a equipe técnica. Em maio, o Hospital Agamenon Magalhães (HAM) também será contemplado com a visita da Saúde LGBT.
Nesta quarta-feira, a SES ainda participa da I Jornada de Ações dos Homens Trans, promovida pela Associação de Homens Trans & Transmasculinidades (AHTM) e Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT), com o tema Homens Trans pernambucanos na construção da história. Durante o encontro, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no auditório G2, das 9h às 19h, serão distribuídos cartazes sobre os serviços de referência de saúde para homens transexuais em Pernambuco. Serão discutidas temáticas vividas por essa população, atrelado a questões de saúde, educação, cidadania, entre outras.
HC – O Espaço Trans do Hospital das Clínicas é um serviço de assistência à população transexual e travesti. Foi credenciado pelo Ministério da Saúde em novembro de 2014, para responder às demandas e necessidades de cuidado desta população. É um dos cinco serviços habilitados no Brasil e segue as diretrizes que regulamentam o Processo Transexualizador no SUS.
O ambulatório visa a integralidade da atenção a transexuais e travestis, por meio de intervenções com equipe interdisciplinar e multiprofissional (psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, médico ginecologista, urologista, endocrinologista, fonoaudiólogo entre outros). Tem como meta terapêutica a autonomia da pessoa no enfrentamento dos agravos decorrentes de processos discriminatórios, favorecendo o acesso às intervenções corporais, ao uso de hormônios e cirurgias de transgenitalização e demais adequações, conforme os interesses e necessidades. O público deve ser regulado por outros serviços de saúde. A unidade também atende por demanda espontânea. Mais informações no (81) 2126.3587.
Diario de Pernambuco