“Lá do Beco do Dezinho, sai um bloco espacial. Arrastando os foliões pelas ruas pra brincar o Carnaval”. Cumprindo ao pé da letra o seu hino, a Troça Carnavalesca ÉTesão e ÉTesuda arrastou uma verdadeira multidão pelas ruas de Vitória de Santo Antão, neste Sábado de Zé Pereira. A agremiação celebrou seu 35º aniversário com mais de cinco horas frevo e mostrou a tradição dos vitorienses está sacramentada.
Desde cedo, às 10h, os foliões já lotavam a concentração da troça. As criatividades nas fantasias não faltaram. Soldadinho de chumbo, marinheiros, piratas e policiais fizeram parte do desfile. Todos estavam com um só objetivo: brincar o Carnaval e festejar mais um ano de vida do casal espacial.
Por volta das 13h, o desfile foi iniciado. Os bonecos gigantes saíram da sede sob aplausos e ao som do hino. Duas orquestras de frevo – A Venenosa e Ciclone – animaram a festa. Cada uma delas, com um repertório que fez o povo ferver.
Os estandartes da agremiação puxaram o cortejo. O principal deles, possui uma homenagem ao sapateiro Dezinho (in memorim), um dos fundadores da troça. A palavra “O Opíparo” significa o maravilhoso, o magnífico. Era uma palavra muito pronunciada por Dezinho, quando algo era muito bom.
Fundado em 1982, por um grupo de amigos, a Troça Carnavalesca ÉTesão e ÉTesuda tornou-se uma das troças mais disputadas do Carnaval vitoriense. Há princípios, a troça não tinha seus famosos bonecos. Saiu pela primeira vez na tarde do sábado de “Zé Pereira” da Sapataria do Dezinho, na Rua Capitão Mateus Ricardo, seguindo até o antigo Pitu Lanches, na Rua João Cleofas de Oliveira.
Segundo o diretor e fundador, Elmo Cândido, a troça surgiu diante o vazio que se existia no sábado de Zé Pereira, pois se havia Carnaval, apenas, do domingo a diante. “O bloco foi uma brincadeira que eu criei e deu certo, graças a Deus. Eu não pensava que ia crescer tanto como cresceu”, destacou.
Fotos: Danilo Coelho/Blog Nossa Vitória