Símbolo da inflação alta no ano passado, o feijão carioca (mulatinho) – produto típico do cardápio brasileiro – está com preços voltando à normalidade. Nas gôndolas dos supermercados, o preço já oscila entre R$ 3,50 e R$ 5,50, dependendo da marca e do tipo. Vale lembrar que entre abril e julho do ano passado, o quilo passou de R$ 15. Naquela oportunidade, o produto puxou para cima o IPCA, índice que mede a inflação oficial do País.
E não adiantou o consumidor migrar para outros tipos do grão. Por causa da alta procura, o feijão macassar e o preto também ficaram mais caros, entre R$ 6 e R$ 9 por kg. Os preços disparados do mulatinho se justificam por causa das secas que atingiram Goiás, Paraná e Minas Gerais, responsáveis pelo fornecimento de cerca de 70% dos grãos que chegam em Pernambuco.
Agora, os produtores já enxergam uma melhoria climática, embora não chova há trinta dias em Minas, e o preço do feijãozinho para o consumidor final está mais baixo. “Essa seca em Minas atrapalhou um pouco, mas os resultados foram tão bons, principalmente no Paraná, que o preço continua baixo”, explica o empresário Railson Benjamim, do grupo responsável pelo Feijão Turquesa. Por outro lado, diz Railson, muitos produtores do setor estão armazenando produto na expectativa de vender mais caro.
“Mas na minha opinião, esse aumento deve ser de no máximo R$ 1 por quilo, então vai continuar atrativo para o consumidor”, completa.
Jornal do Commercio