Pernambuco conseguiu, através da redução no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), concedido por meio do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe), atrair R$1,8 bilhão em investimento em 2016 – três vezes maior do que o faturado no ano passado. A receita já contempla os mais de R$ 603 milhões de investimento dos projetos industriais aprovados ontem, durante a última reunião do ano do Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços (Condic).
Ao todo, 39 novos projetos vão receber incentivos para instalação ou ampliação da capacidade produtiva em terras pernambucanas a partir de 2017. Os projetos foram aprovados nas áreas de indústria, importação e distribuição, e contemplam os municípios do Cabo de Santo Agostinho, Recife, Abreu e Lima, Caruaru, Venturosa, Vitória de Santo Antão, Paulista, Iati, Paranatama, Escada, Camaragibe, Caruaru e Ipojuca.
Vão gerar 1.559 postos de trabalho. Entre os maiores empregadores, empresas como a Aché Laboratórios, Akross Representações e Comércio, Personnalite Paper Indústria e Comércio de Papéis e Quality Processos que, juntas, somam 1.070 empregos diretos.
Na área industrial o destaque é para a Biosintética Farmacêutica, Indústria e Beneficiamento de Cereais Gostosinho Eireli, Nortis Farmacêutica, Thermo Print Etiquetas e Rótulos. A previsão de incentivos por ano é de cerca de R$ 339 milhões, valor para a produção de insumos.
Já na área de importação serão sete novos empreendimentos para ampliação e implantação de novas linhas de produtos, com faturamento anual previsto de R$ 160,9 milhões. Na lista de Centros de Distribuição incentivados, sete no total, a expectativa é que as compras e transferências anuais previstas sejam de R$ 256,4 milhões.
De acordo com o presidente do Condic e secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Thiago Norões, esse resultado positivo só foi possível graças ao plano de atrair investidores através de incentivos fiscais. “Ao longo desses dois últimos anos, com esses incentivos, conseguimos atrair importantes âncoras para formar uma cadeia produtiva que coloca Pernambuco como referência. Graças aos grandes empreendimentos que aqui se instalaram, a exemplo da Baterias Moura, conseguimos sobreviver à tormenta econômica deste ano que chega ao fim”, destacou Norões.
Folha de Pernambuco