A partir do segundo semestre do próximo ano, o Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe) passa a fabricar em sua planta três novos medicamentos antipsicóticos – Clozapina, Quetiapina e Olanzapina. Antes, os remédios eram produzidos pelo laboratório Cristalina, com sede em São Paulo. Com o feito, o laboratório pernambucano se torna o primeiro a encerrar o ciclo de cinco anos de duração da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Trata-se da cooperação entre instituições públicas e privadas para o desenvolvimento, transferência e absorção de tecnologia, produção, capacitação produtiva para as demandas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Através da internalização das PDPs, a produção de medicamentos do Lafepe passará dos atuais 100 milhões de comprimidos por ano para 270 milhões, correspondendo a uma receita de R$ 250 milhões. Para tanto, o laboratório pernambucano investiu, ao longo dos últimos três anos, cerca de R$ 34,5 milhões. “Estamos no caminho de tornar o Brasil mais independente no mercado internacional e Pernambuco terá um passo crucial nesse processo, se tornando referência na absorção de tecnologia de medicamentos”, avalia o diretor comercial do Lafepe, Djalma Dantas.
Já o presidente da entidade, Roberto Fontelles, além de comemorar o retorno da capacidade produtiva do laboratório pernambucano, aproveita para destacar as importantes conquistas do Lafepe no decorrer deste ano. Entre elas, a produção, sem restrições, do Benznidazol, medicamento usado no tratamento do Mal de Chagas.
“Em julho, liberamos para o Ministério da Saúde o primeiro lote de Benznidazol produzido pelo Lafepe, contendo 250 mil comprimidos. No mês seguinte foi liberado um lote de 9 mil comprimidos (100mg adulto) do mesmo medicamento para a Masters, empresa responsável pela distribuição de medicamentos para o mercado internacional. Desse montante, 7 mil comprimidos foram para os Estados Unidos e os 2 mil restantes para a França”, comenta o presidente da estatal.
Ele completa dizendo que o Lafepe detém matéria-prima suficiente para produzir 2 milhões e 400 mil comprimidos de Benznidazol, num período de dois anos.
Portal FolhaPE