Paralisação deve postergar a chegada de correspondências dos destinos para cá e atrasar, por exemplo, pagamentos de cartões de crédito por falta de boleto bancário
A greve dos funcionários dos Correios em vários estados, entre eles São Paulo e Rio de Janeiro, pode afetar os pernambucanos. Por tempo indeterminado, a paralisação deve postergar a chegada de correspondências dos destinos para cá e atrasar, por exemplo, pagamentos de cartões de crédito por falta de boleto bancário. De acordo com o secretário de política e formação sindical do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Sintect-PE), Edson Siqueira, se isso acontecer, o consumidor deve procurar o Programa de Orientação ao Consumidor (Procon) porque o atraso de cartas independe de paralisação.
Em estado de greve, Siqueira disse que a qualquer momento os trabalhadores daqui podem cruzar os braços em prol da campanha salarial. “Pleiteamos um reajuste de 12%, R$ 300 de linear (valor incorporado ao salário, para que o trabalhador tenha evolução salarial) e somos contra a privatização do plano de saúde e do próprio Correios”, destacou, após frisar que é necessário contratar mais trabalhadores para o órgão. Essa pauta será avaliada nacionalmente para, então, ser repassada aos servidores daqui.
Já segundo o Sintect-SP (sindicato da categoria em São Paulo), em seu primeiro dia, a greve recebeu adesão de 80% dos trabalhadores do setor operacional, que inclui carteiros e motoristas na Grande São Paulo. Já os Correios, estimam que, na região, 79% do efetivo total estão trabalhando normalmente. A categoria pede reposição da inflação de 9,56% a partir de 1º de agosto mais reajuste real de 10%, além de realização de novo concurso público, manutenção do plano de saúde e reajuste de demais benefícios.
Em negociações Tribunal Superior do Trabalho (TST), o sindicato recebeu como proposta a reposição da inflação sobre benefícios, um reajuste linear como gratificação de R$ 150,00 a partir de agosto de 2015 e R$ 50,00 a partir de janeiro de 2016, com previsão de incorporação de 25% do reajuste (R$ 50) aos salários a partir de agosto de 2016. Em nota, os Correios informaram que operam com normalidade em todo o Brasil. No país, levantamento da empresa diz que 90,69% dos funcionários trabalham normalmente, estando a paralisação concentrada na área de distribuição, com 34,13% dos carteiros não tendo comparecido nesta quarta para o serviço.