Antes reclusas e fechadas nos bastidores do Governo de Vitória de Santo Antão, as pretensões e burburinhos sobre a sucessão municipal ganharam às ruas, deixando suas marcas no processo decisório. Após surgirem notícias de favoritismo de dois pré-candidatos da cozinha do Palácio José Joaquim da Silva Filho, uma disputa silenciosa foi travada em defesa de cada um dos quadros e, com isso, as insatisfações foram se acumulando. Em paralelo, nomes preteridos na bolsa de apostas se afastaram e partiram para articulações independentes.
Com o discurso oficial do prefeito Elias Lira (PSD) de que só abordaria as eleições em 2016, o ano teve um início quente com a informação de favoritismo dos secretários de Governo, Ozias Valentim, e de Cultura, Turismo e Esporte, Paulo Roberto Arruda.
Os governistas que defendem a indicação dos secretários afirmam que Ozias e Paulo são os mais sintonizados com o discurso defendido por Lira. “Elias precisa indicar alguém que tenha acompanhado sua trajetória e que encarne a nova política”, destacou uma fonte aliada.
Preterido da bolsa de aposta, o ex-secretário municipal e atual vereador Edmo Neves (PMN) adotou o perfil de independência, criticando o executivo e maximizando as articulações. Nas últimas semanas, a pré-candidatura do parlamentar teve a garantia do apoio do PTB, através do ministro Armando Monteiro Neto.
Entre os partidos aliados a Elias, a expectativa acaba crescendo junto com a ansiedade e especulações sobre definição do candidato do prefeito. Diante desse clima de acirramento, Lira teme o risco de corpo mole, durante a campanha, por caciques do grupo que forem contrários ao escolhido.