Abril, maio e junho com chuvas abaixo da média em Pernambuco

chuvaOs próximos meses serão atípicos no interior de Pernambuco. De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), a previsão é de chuvas abaixo do normal no Sertão e no Agreste. Na Zona da Mata e Região Metropolitana, no entanto, as precipitações devem ficar dentro da normalidade. A previsão é válida para abril, maio e junho.

Segundo os meteorologistas, abril será o mês com maior volume de chuva no Sertão do Pajeú e do Araripe. As precipitações estão associadas à Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que está em sua posição mais ao sul, o que causa a redução na intensidade. A previsão para o trimestre é de 290,1 mm de chuvas no Sertão e de 249 mm no Sertão do São Francisco. No Agreste, a média deve ser de 302,5 mm. Na Zona da Mata, 593,1 mm. Na Região Metropolitana, pode passar dos 830,3 mm.

Os dados foram levantados durante a I Reunião de Análise e Previsão Climática para o Setor Leste do Nordeste do Brasil, que aconteceu em março. Foram consideradas as condições regionais da pluviometria ocorrida nos meses anteriores e os campos globais dos oceanos e da atmosfera do mês de fevereiro e na primeira quinzena do último mês.

Os dados foram levantados durante a I Reunião de Análise e Previsão Climática para o Setor Leste do Nordeste do Brasil, que aconteceu no Recife, em março. Infográfico: Apac/Divulgação

Para a Apac, as chuvas que aconteceram em fevereiro ficaram abaixo da média em grande parte do estado. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), choveu 50,2 mm, o que significa um desvio relativo de 50,7% para baixo da média. No Sertão, onde fevereiro é caracterizado como um dos meses que compreende a quadra chuvosa, o acumulado foi de 89,8 mm, desvio de 40,4% abaixo da média. No Agreste, as chuvas alcançaram 53,9 mm, 40,7% menos do que o esperado. Na Zona da Mata, foi de 47,8 mm, 41,1% abaixo dos valores climatológicos históricos.

Oceanos

Os modelos de previsão climática indicam a permanência de aquecimento acima do normal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, mas, de acordo com os especialistas, essa condição ainda não se configura como El Ñino. No Oceano Atlântico, a previsão é de um leve resfriamento no Atlântico Norte e aquecimento no Atlântico Sul. A Apac informou que essa configuração de águas mais quentes que o normal no Pacífico e Atlântico Sul e ligeiramente mais frias que o normal no Atlântico Norte possibilitam chuvas dentro do normal no Nordeste do Brasil.

Águas mais quentes que o normal no Pacífico e Atlântico Sul e ligeiramente mais frias que o normal no Atlântico Norte possibilitam chuvas dentro da normalidade no Nordeste. Infográfico: Apac/Divulgação

As águas mais quentes no Pacífico resultam em movimento do ar sobre o Nordeste inibindo a formação de nuvens, enquanto que as águas mais quentes no Atlântico Sul e mais frias no Atlântico Norte fazem com que a ZCIT permaneça próxima a sua posição climatológica, porém mais fraca que o normal.

Diario de Pernambuco

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