Foram 37.382 admissões contra 48.042 demissões, segundo o Caged.
Impulsionado pelas demissões na indústria de transformação e na construção civil, Pernambuco ficou com o segundo pior desempenho do País no Caged, divulgado ontem, referente ao mês passado. Foram 37.382 admissões contra 48.042 demissões em fevereiro. Do saldo de 10.660 vagas de trabalho fechadas em todo o Estado, a maior parte coube à indústria de cana-de-açúcar, que representou menos 5.403 empregos.
Para a consultora da Secretaria de Planejamento de Pernambuco, Juliana Bacelar, é preciso esperar os próximos meses para perceber até que ponto o período de plantio e colheita da cana estão afetando os índices estaduais. “Existe o fator sazonal, mas temos que acompanhar a movimentação na construção civil para ver se ela continua a desmobilizar, e também o comércio, para ver se a retração que vem sendo observada vai permanecer”, avalia Juliana, mencionando o comércio de varejo, setor com o terceiro pior saldo em Pernambuco (menos 1.719 vagas).
Dos 64 municípios com mais de 30 mil habitantes relacionados no Caged, 40 tiveram saldos negativos. Na Região Metropolitana do Recife, 6.845 postos de trabalho foram fechados. Na capital, o número de demissões superou em 1.222 o de admissões, com a maior quantidade de vagas fechadas entre os setores de varejo e construção civil.
As cidades pernambucanas onde foram gerados mais postos de emprego em fevereiro foram Petrolina (241 vagas), Vitória de Santo Antão (63) e Belo Jardim (54).