Promessa é dívida

Confira as ações efetuadas e não-efetuadas, prometidas em 2008, pela gestão Elias Lira e Henrique Filho. (Foto: Luciano Abreu/Divulgação)

Vitória de Santo Antão elegia há seis anos atrás o então deputado estadual licenciado, Elias Lira, tendo como vice-prefeito o ex-vereador Henrique Filho. Eleito com 35.190 votos, o então candidato tinha como plano de governo propostas voltadas para as áreas de desenvolvimento econômico sustentável, políticas sociais, reforma urbana e gestão participativa.


Passados os primeiros quatro anos de gestão e estando em curso o segundo ano, do segundo mandato, o Blog Nossa Vitória pontua diretrizes cumpridas e não-cumpridas pela gestão municipal, prometidas na campanha eleitoral de 2008. Confira:

AÇÕES CUMPRIDAS
No âmbito do desenvolvimento econômico, estavam listadas oito tópicos, das quais cinco foram efetuadas, sendo elas a capacitação de jovens e adolescentes, fortalecimento de associações rurais e cooperativas, expansão do distrito industrial, apoio aos pequenos e médios comerciantes e reativação da CEAVI.

Na propostas para as políticas sociais, estavam listadas oito, sendo seis cumpridas, como a construção de policlínicas, reformas de postos de saúde, farmácia básica, capacitação de moto-taxistas e criação da secretaria de cultura, turismo e esporte.

Para a área de reforma urbana, o plano do governo pontuava seis propostas, sendo três delas retiradas do papel, com ênfase para a construção do Pátio de Eventos, saneamento básico e infraestrutura para os distritos.

AÇÕES NÃO-CUMPRIDAS
Em síntese, podemos afirmar que as principais diretrizes que trariam impactos na melhoria de vida dos vitorienses não saíram do papel, como exemplos claros a construção de um novo matadouro público moderno – atualmente o matadouro da cidade encontra-se fechado -, a construção de um centro de comercialização na BR-232 e a criação de um programa de desenvolvimento turístico, ou seja, o plano municipal do turismo. Respectivamente, as propostas acima estavam listadas na área de desenvolvimento econômico.

O município segue sem a criação do centro de exames, construção de campos de futebol dotados de infraestrutura e construção do estádio do bairro do Maués. Os tópicos citados também contavam com espaço no plano de governo.

Na área de reforma urbana, a gestão municipal não evitou o crescimento desordenado e o desperdício da infraestrutura existente. Áreas em diversos pontos da cidade foram invadidas e o zoológico da cidade foi interditado. Este último, fazia parte da proposta da criação do Pátio da Cidade. Segundo a proposta, a área em local arborizado, com jardins, lago, academia da terceira idade, pista para ciclismo, patins e skate, abrigaria a transferência do zoológico.

Outro compromisso firmado em palanque e no plano, que até o momento não foi efetivado, foi a criação do novo cemitério do município. Atualmente, o cemitério da cidade encontra-se em superlotação e sem acessibilidade.

Estas são inquietações da população vitoriense. As ações não efetuadas fazem parte dos problemas cotidianos enfrentados pelos cidadãos, nos segmentos econômicos, sociais, culturais e básicos. Promessa é dívida.

Por Jeffersom Douglas, do Blog Nossa Vitória