Candidato havia renunciado 30 dias antes do pleito, mas seu nome apareceu nas urnas.
Cristiano de Melo Vasconcelos Barros nasceu no dia 26 de dezembro de 1967. Aos 47 anos, decidiu disputar uma eleição para deputado federal com o nome de Pilako, pseudônimo pelo qual é conhecido em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana. Registrou sua candidatura pelo PTB, partido do senador Armando Monteiro Neto. Fechada a apuração, teve zero voto.
Pilako é um dos três candidatos a deputado federal em Pernambuco que não receberam nenhum voto nas urnas. Ao contrário dele, os outros dois – Beto Gadelha (PTC) e Gilson Muniz (PTB) – não tiveram votos registrados porque suas candidaturas foram indeferidas pela Justiça Eleitoral. Muniz chegou a apresentar recurso.
Pilako tem história política. Em 2008, foi candidato a prefeito de Vitória. Ficou em último lugar, com 448 votos; menos de 1% do total.
O candidato é casado com Soraya e tem um filho, Gabriel. Ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), declarou pouco mais de R$ 88 mil em bens. A lista inclui terrenos em Itamaracá e em Pitibu, na Paraíba; além de um Fiat Uno 2010.
Pilako se descreve como comerciante e compositor. Foi presidente da Associação Empresarial, Industrial e Agropecuária da Vitória (ACIAV) e da Associação dos Blocos de Trios Elétricos da Vitória (ABTV).
Em 25 de junho de 2011, Cristiano criou o Blog do Pilako, em que promete “ensinar aos que têm mais futuro de que passado, não deixando, evidentemente, de aprender com aqueles que têm mais passado que futuro”.
O Blog de Jamildo tentou entrar em contato com Pilako, mas ele afirmou que preferia não falar de política. Mesmo assim, disse que não se surpreendeu por não ter tido nenhum voto, mas sim pelo seu nome ter aparecido na urna. O comerciante/compositor havia renunciado à candidatura 30 dias antes do pleito.
“Eu mesmo desisti. Da mesma forma que pensei em ser candidato, eu pensei em não ser mais”, justificou apenas. O PTB elegeu quatro deputados federais: Adalberto Cavalcanti, Zeca Cavalcanti, Ricardo Teobaldo e Jorge Côrte Real.