O perfil do cliente de shopping está mudando. De forma lenta, mas constante. O novo perfil, de acordo com Pesquisa Nacional de Perfil de Clientes de Shopping, do Ibope Inteligência, é reflexo, principalmente, da expansão do setor para mercados menores, antes sem acesso a shoppings.
As regiões Norte e Nordeste apresentam as maiores alterações na distribuição de classe social dos clientes de shopping nos últimos anos. Nas cidades maiores, com mais de 1 milhão de habitantes, 58% da população pertence à classe CD, enquanto nas cidades menores esse percentual sobe para 79%. É o caso da cidade pernambucana Vitória de Santo Antão, além de como Arapiraca (AL), Imperatriz (MA) e no Nordeste, ou Parauapebas e Marabá (PA), no Norte.
“Em linhas gerais, o shopping tem se tornado mais acessível e atrativo para consumidores de classe C e para as pessoas mais velhas”, diz Márcia Sola, diretora de geonegócios do IBOPE Inteligência. De acordo com ela, essas mudanças têm relação direta com a expansão da oferta ocorrida entre 2010 e 2014, quando os shoppings chegaram aos municípios do interior dos estados brasileiros, onde a presença de consumidores de classe CD é mais elevada.
A pirâmide etária – A mudança na distribuição etária dos clientes de shopping foi mais ampla e pode ser observada em praticamente todas as regiões do país, exceto no Nordeste. A presença de consumidores com 45 anos ou mais aumentou 21% durante o período pesquisado, passando de 24% em 2010 para 29% em 2014.
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Segundo Márcia Sola, as alterações verificadas no perfil econômico e na distribuição etária sinalizam que é preciso reinventar o setor. “Todos têm consciência de que o formato tradicional de shopping ��” uma caixa fechada, com corredores intermináveis ��” está ultrapassado.
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