Anunciadas novas medidas para o combate às organizadas

A morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva fez Pernambuco ser o escolhido para iniciar uma ação, que pretende combater as torcidas organizadas. Um termo de ajuste de conduta (TAC) foi confeccionado, nesta quarta-feira, na sede da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), com o intuito de comprometer os clubes locais a adotar medidas contra a ação violenta das respectivas facções uniformizadas.

A reunião contou com a presença do procurador geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schimdt, e do presidente da FPF, Evandro Carvalho, além dos presidentes das equipes que disputam as Séries A, B, C e D – A única ausência foi do representante do Central. Após a conversa, um documento foi elaborado com as propostas que serão levadas, ainda nesta semana, à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Entre as medidas, que os clubes serão obrigados a tomar, estão: o fim do financiamento de ingressos e viagens para as torcidas organizadas; a proibição da entrada de torcedores vinculados a facções uniformizadas em locais de treinamentos; e aparelhamento para intervir qualquer nova ação violenta nos estádios. “O Estado não tem sido feliz no combate a violência, que não é apenas no futebol. Nós, então, estamos tentando, de alguma forma, contribuir para que essa violência não atinja mais o esporte”, disse Paulo Schimdt.

O descumprimento de qualquer um desses termos fará o clube ser obrigado a disputar partidas de portões fechados por no máximo dez jogos. A decisão, caso haja necessidade, será tomada diretamente pela CBF. “A punição será de um a dez partidas de portões fechados. Não cabe ao STJD julgar isso. Será uma decisão administrativa”, contou o procurador geral.

Paulo Schimdt, inclusive, fez questão de revelar que morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, na última sexta-feira, após ser atingido por vaso sanitário, jogado das arquibancadas do Arruda, foi fator motivador da vinda a Pernambuco e da elaboração do TAC. “A nossa presença tem uma lógica. Como um estado em que as torcidas estão proibidas de ir aos jogos, um fato como esse ocorre. Nós precisávamos ouvir os clubes, para saber como que esse fenômeno aconteceu”, explicou o procurador geral do STJD.

Informações do Blog de Primeira