O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), virtual candidato à Presidência da República, declarou que a atual gestão do governo federal apresenta sinais de esgotamento. O socialista participou, na manhã desta terça-feira (4), do lançamento das diretrizes do programa do PSB e da Rede para as eleições deste ano. O pernambucano criticou o baixo crescimento econômico e a falta de competência da máquina pública em solucionar velhos gargalos, como os transportes e a alta carga tributária.
“Nós temos a clara percepção de que as pessoas estão vendo que o Brasil parou, que o país saiu dos trilhos que vinha. O Brasil estava avançando no sentido de melhorar a vida das pessoas. A sensação da freada, do desencontro, das ideias, da crítica para melhorar”, criticou Eduardo durante seu discurso no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O governador também focou seu discurso na melhoria do serviço público. Eduardo Campos lembrou das dificuldades que o Brasil enfrenta na educação e na criação de creches. Num tom mais político, ele chegou a dizer que nem os que participam da atual gestão presidencial confiam nela plenamente. “Ninguém ache que mais de quatro anos do que está aí vai fazer bem ao povo brasileiro. Nem eles mesmos. Porque muitos não têm coragem de dizer o que eu estou dizendo aqui. Muitos dos que estão lá, dizem a mim, a Marina, que estão contando as horas para estarem aqui”.
Como tem feito recentemente, Eduardo Campos não citou o nome da presidente Dilma Rousseff (PT), que até o ano passado era sua aliada. O governador lembrou das conquistas econômicas do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas ponderou que na época era da oposição. Aliás, em relação ao tucano ele lembrou que o PSB não fazia oposição com “sete pedras nas mãos”, como fazem ou fizeram alguns partidos na mesma época.
“Nós não vamos fazer o jogo daqueles que querem baixar o nível do debate político, como fizemos desde a zero hora deste ano. Nossa militância sai das ruas sem querer desqualificar ninguém. Nós não tememos debate, não tememos o desespero que já se bate sobre alguns que não pensam na nação e pensam na máquina e se desesperam em perder”, completou. Eduardo Campos foi o último a discursar.