A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) anunciou, na manhã desta sexta-feira (7), que vai realizar, neste fim de semana (dias 8 e 9), mutirões nas localidades atingidas pela paralisação dos funcionários para colocar em dia a entrega de cartas e encomendas. A medida faz parte do plano de continuidade de negócios da empresa para minimizar os prejuízos causados pela greve, deflagrada em 13 estados por tempoo indeterminado, no último dia 29.
De acordo com a assessoria de comunicação dos Correios, outras medidas já estão sendo adotadas, como a realocação de empregados de outras áreas e realização de horas extras. A assessoria informou que o levantamento de ontem (6) mostrou que 95% do efetivo dos Correios do Brasil não aderiu à paralisação, o equivalente a 119.162 trabalhadores.
Em Pernambuco, segundo a assessoria, 73,23% do efetivo compareceram ao trabalho ontem, o que representa 2.856 empregados trabalhando normalmente. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (Sintect-PE), disse que 90% dos funcionários do órgão no estado, de um total de 4.040 trabalhadores estão de braços cruzados. A assessoria do órgão ainda informou que 60,17% do efetivo de carteiros previsto no estado não compareceu ao trabalho, o que corresponde a 899 profissionais.
Segundo a assessoria dos Correios, todas as agências estão abertas e todos os serviços, inclusive o Sedex, estão disponíveis, com exceção dos serviços de entrega com hora marcada em algumas localidades. A empresa registra atraso na entrega de cartas e encomendas nos locais em que há paralisação deflagrada. A assessoria informou que a maior parte dos grevistas é da área de distribuição e, do total de 22.622 carteiros que deveriam trabalhar hoje nesses estados, 5.662 não compareceram (25%).
O impasse entre empresa e funcionários permanece. Os Correios ingressaram com ação preparatória junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) solicitando a suspensão da paralisação, além da garantia de efetivo mínimo em cada unidade, e aguardam a definição da data do julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos.
A empresa reafirma que não haverá nenhuma alteração no atual plano de saúde dos trabalhadores, o Correios Saúde, um dos principais motivos para a greve, segundo o Sintect-PE. Segundo a assessoria, nenhuma mensalidade será cobrada pela ECT, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado. Todas as condições vigentes do CorreiosSaúde serão mantidas e os percentuais de co-participação não serão alterados. O órgão destaca, ainda, que os trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais.
Diario de Pernambuco