Campos vai à Alepe e presta conta do governo

A poucos meses de deixar o comando do Governo do Estado, o governador e provável candidato a presidente da República, Eduardo Campos (PSB), compareceu à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para proferir a mensagem do Executivo, na tarde desta segunda-feira (3), na abertura dos trabalhos legislativos. Durante 1h11, Campos fez um balanço das ações da gestão, no que foi, provavelmente, a última visita como chefe do Executivo estadual à Casa.

No pronunciamento, Campos ressaltou as medidas econômicas do governo e afirmou que, desde 2012, Pernambuco tem sido um dos que mais investe dentre todos da Federação e que no ano passado o volume de investimento do Estado só foi menor do que os de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

“Investimos, no total, R$ 3,8 bilhões em 2013 (R$ 800 milhões a mais que no ano anterior), o que significa um aumento real, descontada a inflação, de 368% na capacidade de investimento do Estado, quando comparada à média observada entre 2003 e 2006”, disse no pronunciamento.

Ainda de acordo com o governador, que constantemente faz críticas à política econômica implantada pelo Governo Federal, Pernambuco registrou um superávit de R$ 951,9 milhões, no exercício 2013.

“O Pernambuco de hoje retomou seu protagonismo regional e nacional. O Estado mudou. E mudou para melhor”, afirmou Campos. “Nosso Estado manteve em 2013 seu crescimento econômico em patamares superiores ao do Nordeste e ao do País. Em seis anos, Pernambuco dobrou o valor absoluto do seu PIB, e projeta-se que em 2019 esse valor seja novamente duplicado”, completou ele.

Esta foi a terceira vez que Campos compareceu à Alepe para proferir mensagem no início dos trabalhos legislativos – em 2007, quando assumiu o primeiro mandato, em 2011, ao assumir o segundo mandato, e em 2014. Um emissário foi enviado nos outros anos. O socialista deve deixar o governo em abril para disputar à Presidência.

Em seu discurso, além de uma análise da conjuntura macroeconômica, Campos destacou pontos nas áreas da saúde, segurança pública, educação e infraestrutura.

Superávit – O Banco Central divulgou, na última semana, que no Estado as despesas com custeio, investimentos e pessoal superaram as receitas em R$ 1,5 bilhão no período de 12 meses. Após o pronunciamento, o governador foi questionado sobre o assunto e afirmou que superávit existe.

Segundo Campos, os recursos da “poupança” do governo não foram levados em conta pelo Banco Central. “O Estado passou com uma poupança de R$ 1,4 bilhão de 2012 para 2013 e foi o Estado que mais investiu na região Norte e Nordeste”, disse. “Esses recursos da poupança de um ano para o outro e do que vem de financiamento, de empréstimos, não são contabilizados na hora de ver o superávit calculado pelo Banco Central”, afirmou.

Informações do Blog da Folha