PSOL aposta em “campanha casada” e lança candidato a governador

Partido lançará candidatos na eleição majoritária de 2014, apostando no voto de opinião

Zé Gomes é o nome do PSOl para a disputa em Pernambuco. (Foto: Clemilson Campos/JC)

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) apostará no voto de opinião do eleitor para atingir o coeficiente eleitoral em 2014. Lançando candidatos para a disputa no governo do Estado, Senado e Presidência, a campanha “casada” pretende conquistar os sufrágios da população que desejam mudanças, segundo apontam as últimas pesquisas.

Além da majoritária, as chapas estaduais e federais serão montadas com um grande número de candidatos, sendo Edilson Silva o mais cotado para ocupar a posição de primeiro parlamentar da sigla em Pernambuco.
Após período de interiorização do partido no Estado, com a realização de plenárias em pelo menos 50 municípios, o PSOL definiu durante o IV Congresso Estadual do partido o nome do novo presidente estadual Zé Gomes como o pré-candidato ao Palácio das Princesas, e o da sindicalista Albanise Pires ao Senado. No congresso nacional do PSOL, o senador Randolfe Rodrigues (AP) foi alçado para concorrer à Presidência da República.

A decisão de realizar a campanha casada em todos os níveis eleitorais foi resultado de um debate interno, que não descarta a possibilidade de discutir alianças com outras legendas. “Partidariamente, as possibilidades de alianças estaduais são poucas, devido a várias características das eleições de Pernambuco. As alianças possíveis são com o PSTU e o PCB, pois estamos em um mesmo campo político. Nós também teremos a tarefa de abrir a discussão com ativistas e organizações políticas que não são partidos. Poderemos fazer muitas alianças político-sociais”, explica Zé Gomes.

Para firmar as alianças, a direção estadual promoverá uma série de seminários, a partir de janeiro, para estabelecer o diálogo com os outros grupos políticos. Segundo Edilson Silva, o PSOL tem uma crítica às coligações degeneradas. “Por vezes somos obrigados a fazê-las para nos tornarmos competitivos”.

FOCO NAS CHAPAS

Uma das prioridades do PSOL é a formação da chapa proporcional estadual. A estratégia de ampliar a base de recrutamento tem como objetivo evitar a repetição do episódio protagonizado por Edilson Silva nas eleições de 2012, quando conquistou a terceira maior votação para vereador do Recife, mas não foi eleito por não atingir o quociente eleitoral.
“O PSOL se estadualizou nos dois últimos anos e isso será refletido na composição da chapa, com todas as microrregiões do Estado apresentando candidaturas”, afirmou Zé Gomes.

Para a disputa de vagas na Assembleia Legislativa, o PSOL já possui cerca de 50 pré-candidatos, distribuídos no Sertão, Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana. A meta é eleger o primeiro parlamentar do partido no Estado, mas os dirigentes acreditam que há possibilidade de dois serem eleitos.

A chapa federal ainda está sendo consolidada. Atualmente, a bancada do PSOL é formada pelos deputados Ivan Valente (SP), Jean Wyllys (BA) e Chico Alencar (RJ). A meta nacional é triplicar o número da bancada, chegando a nove deputados federais em todo o País.

JC Online