PPS oficializa aliança com o PSB de Eduardo Campos

Foto: Expedito Lima/Folha de Pernambuco

O PSB e o PPS reuniram lideranças, na noite desta segunda-feira (16), para o ato de oficialização do apoio à provável candidatura do governador Eduardo Campos (PSB) a presidente da República, em 2014. A decisão pela aliança foi firmada no Congresso Nacional do PPS, na semana passada, que escolheu o socialista ao senador mineiro e também provável candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB).
No ato político, realizado em um hotel na Zona Sul da capital pernambucana, o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), exaltou, em seu discurso, muito da questão histórica. Chegou a classificar a aliança como um “encontro histórico”. “Não é por tempo de TV, não é por estrutura. Não somos um partido nanico porque temos história”, disse Freire.
Assim como o pepesista, o governador de Pernambuco ressaltou a aliança e a caminhada entre os dois partidos. De acordo com Campos, durante a agenda que ocorreu mais cedo, de tombamento do acervo do ex-governador Miguel Arraes, muitas pessoas perguntaram sobre o ato de hoje à noite, “entendendo que esse era um passo importante que haveríamos de dar, no sentido de construir uma caminhada que deve ser vitoriosa”.
“Tem um sentido histórico, como Roberto [Freire] falou, pois a união dos nossos partidos, ela não precisa de explicações. Pois em todos os momentos importantes com a vida pública brasileira, desde que existimos, o PPS um pouco antes (o PCB, partido ao qual pertenciam Freire e vários outros que criaram o PPS, em 1992), nós só em 47, mas em todos os momentos importantes que o Brasil gritou por liberdade, que o Brasil defendeu os interesses dos trabalhadores, que o Brasil teve que colocar a população em vigília para defender as conquistas de cada caminhada, nós estivemos juntos”, afirmou o socialista. Ele completou: “Se não inteiramente juntos, muito próximos nas posições políticas que assumimos”.
Críticas

O governador de Pernambuco também fez críticas ao pacto político que sustenta o Governo Federal. “Todos sabem que esse pacto político que está aí já deu o que tinha que dar. O que ele pode produzir para o futuro ou é muito pouco ou é retrocesso. Nós temos que ter a capacidade política de enfrentar as intempéries. De pelejar como nós sabemos pelejar, de enfrentar as dificuldades, de ter confiança no povo. A confiança no povo é que vai nos levar a uma grande vitória em 2014”, afirmou Campos.

O socialista ainda defendeu que a aliança chega em um momento importante. “Não é tempo de televisão, não é dinheiro, não é ajuntamento de gente que não sabe para onde está indo nem para que está indo. O que ganha um debate político dessa dimensão é ter história, e história nos temos. É ter ideias, e ideias nos temos. É ter energia e disposição e essa não vai nos faltar. E sobretudo ter a capacidade de reunir as boas pessoas em torno das boas ideias para fazer muita coisa boa pelo Brasil. E é esse nosso desafio. A chegada do PPS neste momento reforça e traz a todos a confiança de que vamos alargando essa frente”, disse.

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