Comércio com boa expectativa de fim de ano. (Foto: Danilo Coelho/Arquivo/Blog Nossa Vitória) |
Segundo levantamento da Federação do Comércio de Pernambuco (Fecomércio-PE) entre os empresários/gestores no varejo de Vitória de Santo Antão, a proporção dos que esperam obter maiores lucros nas vendas do Fim de Ano 2013 em relação ao mesmo período do ano anterior não está muito distante da parcela dos que acreditam que o faturamento será menor. Enquanto 38,6% estão otimistas, 33,9% dos entrevistados acham que o faturamento desse Fim de Ano será menor do que o do ano passado.
De acordo com a pesquisa da Fecomércio as expectativas são mais promissoras nos serviços: 48,1% dos empresários/gestores acreditam que irão vender mais no Fim de Ano 2013 comparativamente ao mesmo período de 2012, proporção que chega a 36,8% entre os entrevistados do comércio tradicional. Tanto no comércio como nos serviços, verifica-se que o percentual de empresários/gestores que consideram que o faturamento no Fim de Ano 2013 em relação ao de 2012 deverá ser inferior é bem próximo, correspondendo a 34,0% no primeiro caso e a 33,3% no segundo. Os que acreditam que o desempenho deverá se manter no mesmo patamar do ano anterior correspondem a 29,2% dos empresários/ gestores do comércio e 18,5% dos empresários/gestores dos serviços.
A elevada proporção dos entrevistados que esperam um Fim de Ano pouco alvissareiro (com previsão de queda nas vendas ou que no máximo repetição do desempenho de 2012) se reflete na estimativa de que as vendas do Fim de Ano 2013 em relação ao mesmo período de 2012 deverão crescer apenas 2,5%, previsão que no comércio chega somente a 0,4%. Nos serviços, por outro lado, o crescimento sugerido deverá atingir 13,9%.
De acordo com 51,7% dos empresários/gestores que prevêem crescimento das vendas do Fim de Ano, esse desempenho está relacionado às ofertas e promoções que vêm sendo realizadas. As campanhas publicitárias foram mencionadas por 37,9% dos entrevistados como fundamentais para a elevação das vendas. Por sua vez, 17,2% atribuem o aumento do faturamento à manutenção do poder de compra dos consumidores.
Por outro lado, metade dos empresários/gestores consultados acredita que o faturamento só não será menor por conta das ofertas e promoções – fator que os leva a prever pelo menos a manutenção do volume de vendas verificado em 2012. Para 25,9% dos entrevistados, as vendas não melhorarão em 2013 em função do nível de endividamento e inadimplência dos consumidores, ao passo que 10,3% dos varejistas acreditam que as campanhas publicitárias ajudarão a manter as vendas este ano pelo menos no mesmo patamar verificado no ano de 2012.
Para os varejistas pesquisados que presumem que o faturamento do Fim de Ano 2013 será menor do que o do Fim de Ano 2012, essa expectativa se deve principalmente à concorrência (34,5% das respostas), enquanto 32,8% atribuem esse desempenho ao endividamento / inadimplência dos clientes e 15,5% conferem a queda nas suas vendas à perspectiva do aumento da inflação.
Em relação às vendas acumuladas do Ano 2013 em comparação às do Ano 2012, 39,2% dos empresários/gestores disseram que as vendas desse ano seriam melhores do que as do acumulado no ano passado. Os que acreditam que o faturamento acumulado ao longo de 2013 em relação ao de 2012 deverá ser mantido corresponderam a 28,7% das respostas, enquanto os que crêem que as vendas se reduzirão correspondem a 32,2%. A perspectiva de melhor desempenho no acumulado verificou-se nos serviços, onde 40,7% dos entrevistados acreditam que o faturamento acumulado previsto para 2013 crescerá em relação ao ano passado. Por outro lado, a proporção dos varejistas que sugeriram que as vendas irão se reduzir é mais elevada no comércio (34,0%).
A estimativa de crescimento do acumulado das vendas em 2013 em relação ao mesmo período de 2012, segundo declararam os empresários/gestores, é de 0,9%. Nos serviços, as expectativas são melhores: aumento de 8,1%. Já os entrevistados no comércio afirmaram que as vendas no acumulado do ano ficarão estáveis em relação ao ano anterior, mas com leve tendência de queda (-0,5%).
FATURAMENTO – Para os empresários/gestores varejistas de Vitória de Santo Antão, as expectativas em relação ao faturamento tanto do comércio quanto dos serviços no Fim de Ano 2013 não justificam a contratação de mão-de-obra temporária durante o período. Mais de ¾ dos entrevistados (76,0%) informaram não pretender contratar pessoas neste Fim de Ano 2013. Dentre os que externaram intenção de contratar trabalhadores temporários, 7,6% afirmaram já ter contratado, 13,5% informaram que irão contratar e 2,9% declararam que já tinham contratado e que pretendiam gerar mais postos de trabalho.
A maior intenção de contratar trabalhadores temporários foi observada nos estabelecimentos dos Serviços, com 29,6% demonstrando essa intenção; também nos Serviços, 7,4% dos entrevistados disseram que já tinham contratado, enquanto 22,2% afirmaram que iriam contratar. Quem menos demonstrou interesse na contratação de mão-de-obra temporária foram os empresários/gestores do comércio (22,9% dos entrevistados). Entre estes últimos, 7,6% dos consultados disseram já ter contratado, 11,8% ainda vão contratar e 3,5% afirmaram que já tinham contratado e que iriam contratar mais pessoas.
Entre os empresários/gestores que já contrataram ou pretendem contratar trabalhadores temporários em Vitória de Santo Antão, 44,1% devem efetivar essa mão-de-obra. Essa proporção é pouco mais elevada nos estabelecimentos dos serviços (46,6%), enquanto no comércio representa 18,2%. Entre as funções mais demandadas pelos empresários/gestores entrevistados em Vitória de Santo Antão para as festividades do Fim de Ano 2013, salienta-se a de vendedor (68,3% do quantitativo de mão-de-obra temporária estimada para ser contratada), o que geralmente acontece por conta do impulso sofrido pelas vendas nessa época do ano por conta dos festejos natalinos.
Os empresários intencionam contratar, ainda, caixa e serviços gerais, ambos com 12,2% das intenções. O interesse de contratar recepcionistas foi declarado por 9,8% dos entrevistados enquanto 7,3% demandam gerentes. No segmento do comércio, a preferência de contratação é por vendedores, enquanto nos serviços é por profissionais de serviços gerais. Destaca-se a demanda de contratação de ‘outras’ funções, entre as quais foram mencionados as de supervisor, conferencista, promotor de vendas, garçom, recepcionista, segurança e auxiliar administrativo, que no geral representam 26,8% das respostas dos entrevistados, proporção que alcança 62,5% dos entrevistados nos serviços e 18,2% no comércio .
O meio que os empresários/gestores mais utilizam para contratar mão-de-obra temporária é o de selecionar as pessoas através de currículos entregues nos estabelecimentos (73,2% dos entrevistados), proporção que é de 87,9% no comércio e de 12,5% nos serviços. Outra opção sugerida com certo destaque foi o da contratação através da indicação de funcionários, apontada por 34,1% dos entrevistados; nos Serviços, esse é um meio utilizado por 62,5% dos empresários/gestores, enquanto no comércio foi apontado por 27,3% dos varejistas. Outra forma usada para contratar trabalhadores temporários foi a de indicação de outras pessoas, sugerida por 19,5% dos entrevistados, proporção que representa 37,5% nos estabelecimentos consultados nos serviços e 15,2% no comércio. A modalidade de contratação de pessoas através de entrevistas diretas foi indicada por apenas 4,9% dos varejistas pesquisados em Vitória de Santo Antão, situação que ocorre com mais freqüência nos estabelecimentos dos serviços (12,5% dos casos), ao passo que no comércio representa apenas 3,0% das resposta.