PSB e PSDB, literalmente, não serão adversários nas eleições de 2014. Com alianças em construção em vários estados para a disputa do governo do estado, os partidos, na visão do ex-presidente nacional da sigla, o deputado federal Sérgio Guerra, deverão concentrar as atenções nos ataques ao PT, da presidente Dilma Rousseff. A petista, para Guerra, não será reeleita. E ele elenca muitos motivos para isso.
Um dos principais de Dilma Rousseff, na avaliação de Sérgio Guerra, será as dificuldades em relação à economia, que não tem produzido bons resultados no atual governo. A dificuldade de diálogo com os aliados também foi lembrada. Ao ser questionado sobre se as pesquisas não provariam o contrário, já que ela lidera as pesquisas, ele foi enfático: “ a eleição será ganha por Aécio ou Eduardo”.
As explicações de Guerra para o cálculo tem como base a possibilidade de crescimento dos dois candidatos, no próximo ano. Para ele, se Aécio alcançar 25% das intenções de voto nos três primeiros meses do ano eleitoral, estará muito bem. “Se chegar a 30%, estará eleito”, disse Sérgio Guerra, em tom bem humorado, durante entrevista à rádio CBN. O mesmo, ele lembra, valeria para Eduardo.
Questionado sobre quem, na opinião dele, estará no segundo turno, Sérgio Guerra foi enfático. “Espero que seja o candidato do meu partido, mas se for Eduardo, como diria Fernando Henrique, não seria nenhuma tragédia”, disse, fazendo referência ao ex-presidente, que, em vários momentos, defendeu a aproximação entre as duas siglas. Uma aliança que deve ocorrer também em Pernambuco.
Apesar de evitar dar detalhes, Sérgio Guerra faz questão de afirmar que o PSDB deverá, sim, estar no palanque do candidato indicado por Eduardo Campos para a disputa do governo do estado, em 2014. Ao mesmo tempo, tratou de descartar qualquer possibilidade de aproximação do palanque do senador Armando Monteiro, que disputará o governo do estado. “Se ele procurou o PT, não estaremos com eles”, disse.
Sobre a política nacional de alianças, Guerra confirmou que tanto PSDB quanto PSB estão na briga para atrair o PPS do deputado federal Roberto Freire (SP) para o palanque. Ao falar da sigla, ele lembrou que o partido é disputado por não se vender e ter posições ideológicas bem fundamentadas. “É bom tanto para o PSDB quanto para o PSB ter um aliado como o PPS”, enfatizou.