Apesar do PSD nacional apoiar a reeleição da presidente Dilma, em PE, a sigla seguirá com Eduardo Campos
O presidente estadual do PSD, André de Paula, esteve ao lado de Eduardo Campos em Vitória de Santo Antão esta semana. Os dois têm batido papos e o partido de André, em Pernambuco, vai ficar ao lado do governador em 2014. “Essa relação está clara para mim”, pontua André, para coluna Folha Política, de Renata Bezerra de Melo. O dirigente do PSD vai ao evento no qual o presidente nacional de sua sigla, Gilberto Kassab, anunciará a formalização do apoio à reeleição da presidente Dilma, na próxima quarta-feira (20). Kassab ligou pessoalmente convidando André.
De acordo com a Folha de São Paulo, a presidente fará uma deferência rara ao PSD comparecendo ao encerramento da reunião do partido aliado, na próxima quarta-feira, em Brasília. A princípio, a ideia era que Kassab levasse a decisão até a presidente. Mas o momento político acabou exigindo que o caminho fosse invertido.
Kassab, apesar de fiel aliado do governo federal, tem sido alvo nos últimos dias de ataques do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Em entrevista à Folha sobre a investigação da máfia dos fiscais paulistanos, Haddad afirmou que a gestão kassabista deixou um quadro de “descalabro” na cidade. Nesse ambiente, foi formatada a ida de Dilma até Kassab. Será um gesto público de desagravo ao ex-prefeito.
Depois do PT, o PSD será a primeira sigla a oficializar apoio à reeleição. Até agora, nem mesmo o PMDB, que detém a Vice-Presidência da República, com Michel Temer, se mexeu para formalizar a reedição da chapa em 2014.
O ato da presidente tem uma contrapartida clara. A legenda de Kassab agregará à campanha da petista o mesmo número de minutos que o PSDB, maior partido de oposição, terá na TV e no rádio na campanha de 2014. Mesmo com as baixas recentes na Câmara, o PSD segue com 49 deputados – fator crucial na distribuição do tempo da propaganda eleitoral.