Foto: Luciano Abreu/Prefeitura da Vitória |
O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), núcleo da Secretaria de Saúde da prefeitura da Vitória de Santo Antão, realizou nesta quinta-feira, dia 4 de julho, uma grande ação de saúde no presídio da Vitória de Santo Antão (PVSA). Cerca de 500 testes rápidos de HIV, sífilis e exames de hepatite B e C foram disponibilizados para população carcerária.
A iniciativa contou com a coordenação de Saúde da Secretaria Executiva de Ressocialização do Governo do Estado e visa diagnosticar casos de hepatite B e C e soropositivos. Além do diagnóstico a equipe da Secretaria de Saúde do município também aplicou vacina para imunizar os reeducandos contra a hepatite B.
Segundo a diretora do CTA e coordenadora municipal de DST/AIDS, Lindalva Carneiro, o serviço ocorre periodicamente devido a rotatividade da população carcerária. Além de prover uma atenção humanizada à pessoa privada de liberdade, a ação busca também evitar a transmissão do vírus através das visitas íntimas e, consequentemente, a transmissão vertical, que ocorre de mãe para filho.
Para o médico Diego Souza, em dia de visita a população chega a triplicar e a possibilidade de transmissão de doenças tem um aumento considerável. “É justamente nessa hora que o trabalho de educação e saúde tem que funcionar. Sem informação e prevenção o reeducando torna-se um veículo e pode receber ou levar o vírus, gerando uma série de consequências dentro e fora dos muros.”, alerta.
De acordo com Adelma Maria da Rocha, gerente de Saúde do Sistema Estadual Prisional da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), parcerias como essa entre município e governo do estado além de promover assistência de saúde ao reeducando também tem um papel indispensável no processo de ressocialização. “Não é possível ter educação sem ter saúde. O apenado tem que pagar a pena, sua dívida com a sociedade, mas é importante o trato humano.”, destaca.
No dia a dia o sucesso das ações de educação e saúde a aceitação delas pela população carcerária dependem muito do trabalho incansável de ativistas como o agente carcerário e supervisor de saúde do sistema penitenciário, Ailton Cavalcante. Segundo ele a informação chega por diversos meios e várias formas. “Sozinho não seria possível fazer esse tipo de trabalho com a eficiência que temos aqui. Contamos com parcerias como a Pastoral que está dia a dia com os reeducandos; a conscientização chega através do teatro de bonecos para alguns. Outros, a mensagem chega através do programa Mova Brasil, do projeto Educacional AMA; da sala de aula, que conta com 1 0 0 reeducandos.”, explica Cavalcante.
O trabalho de saúde conta com a colaboração e o respeito dos reeducandos. Para E.C. P, de 48 anos, quatro deles recluso, a atenção preventiva e vigilante tem ajudado muito a melhorar o ambiente. ”Além de exames gratuitos de Aids, sífilis e hepatites, existe também uma atenção quanto a outras doenças como o câncer, a hanseníase e tuberculose que são repassadas pra nós através de palestras e outros meios. Se alguém apresenta sintomas de tuberculose logo em encaminhado ara avaliação. ”, conta.
Foto: Luciano Abreu/Prefeitura da Vitória |