Ceasa-PE registra oscilação no preço de frutas, verduras e hortaliças



Presidente da Ceasa atribui diferença de preços à seca na região.Em uma semana, produtos como tomate, banana e chuchu tiveram alta.

O preço de algumas frutas, verduras e hortaliças vêm subindo nos supermercados e feiras livres de Pernambuco como consequência da seca prolongada no Nordeste. Nno Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE), no bairro do Curado, Zona Sul do Recife, 40 mil pessoas circulam diariamente e algumas delas conseguem perceber a diferença nos preços entre uma semana e outra. Entre os casos mais famosos e evidentes estão os da banana, tomate e chuchu.
O tomate, que já chegou a custar R$ 8/quilo este ano, agora voltou a custar R$ 2,80 no Ceasa-PE. Para o presidente do centro, Romero Pontual, os altos e baixos nas frutas são uma consequência de alguma irregularidade nas plantações, como no caso do tomate. De acordo com ele, a alta do produto se deve à instabilidade do clima nas principais regiões produtoras. “Com certeza o tomate vai baixar em função da estabilização dos climas de São Paulo e Goiás. Teve muita chuva, mas hoje está voltando ao normal e a tendência é baixar”, tranquiliza Romero.
Chuchu e banana também podem ilustrar bem a situação dos produtos. Em um ano, o chuchu teve um aumento de 441%. Da semana passada até agora, no entanto, o crescimento no preço foi de 18%. “Vitória de Santo Antão praticamente parou de produzir chuchu. Chã Grande é quem está praticamente abastecendo o Nordeste, por isso a oferta do chuchu baixou bastante”, explica. Já a banana subiu 100% no mercado entre uma semana e outra. “A região do São Francisco está seca e a produção caiu muito, não deu conta em função dessas cidades que não tiveram produção”, analisa o presidente.
No caso da região Nordeste, o grande vilão é a seca. Romero Pontual acredita que a estiagem pode fazer que os preços continuem oscilando. “Enquanto essa seca não normalizar, toda semana vai acontecer subidas e descidas de preços nas frutas e hortaliças”, acredita o presidente. Muitas vezes, a produção dos outros estados não é suficiente, mas Romero garante que o pernambucano vai ter todas as frutas disponíveis. “O mercado está nervoso porque dependemos do abastecimento de outros estados, em função desta grande seca, mas não vai haver desabastecimento da população”, garante.

Com informações do G1 PE