Foto: Portal Leia Já |
A Operação Zero Bala, deflagrada pela Secretaria de Defesa Social na última quarta-feira (27), prendeu um total de 28 pessoas, desarticulando três quadrilhas ligadas ao crime organizado e tráfico de drogas em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Entre os presos, estão três policiais militares e um civil. Nesta quinta-feira (28), a polícia revelou como as organizações agiam e divulgou o balanço final da ação, em coletiva.
De acordo com o delegado de homicídios de Jaboatão dos Guararapes, Ramon Teixeira, responsável pelo caso, duas das quadrilhas disputavam o controle do tráfico entre si. “O primeiro e segundo grupos disputavam o controle do tráfico de drogas da região circunvizinha da favela Canaã, no bairro de Sucupira. O terceiro grupo atuava em outro bairro, sobretudo em Jardim Monteverde e Dois Carneiros, também em Jaboatão dos Guararapes”, explica o delegado.
Depois de oito meses de investigações, foram cumpridos 44 mandados expedidos pela justiça em seis municípios: Araçoiaba, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Paulista, Recife e Vitória de Santo Antão. Além dos 28 presos, a polícia apreendeu quase um quilo de maconha, 88 pedras de crack, munição e 19 armas, algumas de uso restrito das Forças Armadas. Outros três suspeitos ainda são procurados pela polícia.
Participaram da ação 160 policiais civis e 80 militares. O inquérito deve ser concluído no prazo de 30 dias.As investigações apontaram que os policiais faziam parte de uma das quadrilhas, fornecendo informações sigilosas e prendendo membros de grupos rivais, facilitando a venda de drogas e a prática de outros assassinatos. A organização criminosa incluía, ainda, quatro outros detentos e seria responsável por 30 assassinatos. “A quadrilha praticava vários crimes, principalmente homicídios. Mas o inquérito ainda vai individualizar os casos. Os policiais vão responder também por crimes como violação de sigilo profissional e falsificação de documentos, por exemplo”, detalha o delegado Luiz Andrey, gestor da Diretoria Integrada Metropolitana da Polícia Civil, que coordenou a operação.