Do JC Online
Os times começam perdendo por 10, 11 e depois vão se acertando. A Federação tem de continuar incentivando para que os times cresçam. É claro que vai existir uma disparidade, afirma o gerente de futebol do Vitória Paulo Mayeda, que cita o Campeonato Espanhol como exemplo. Lá só tem Real Madrid e Barcelona e, nem por isso, eles terminam o campeonato. O time que investe vai golear atingir o objetivo, acrescenta.
O dirigente lamenta que os grandes da capital não valorizem o futebol feminino. O Náutico e o Santa Cruz deveriam participar do Estadual e o Sport poderia investir mais. Com certeza, eles têm mais condições do que nós, mas vai de cada um, comenta.
Para o técnico do Vitória e da seleção brasileira sub-20, Caio Couto, a saída para o futebol feminino está em copiar os modelos de outras modalidades. Talvez o caminho não seja nem os grandes clubes participarem, mas seguir o que fizeram o vôlei e o basquete, que criaram ligas fortes com a participação da iniciativa privada, sugere. O futebol feminino é muito bem jogado e as jogadoras têm um potencial muito grande, complementa.
Sobre a disparidade que existe no Pernambucano, em que o Vitória e o Sport se sobressaem em relação as outras equipes, Couto acredita que não é benéfico, mas os times tem que jogar para que o Campeonato seja realizado. Quanto maior o equilíbrio, é melhor para as atletas, para o produto futebol e para a torcida, mas isso vai variar muito de acordo com o investimento de cada uma, afirma.
Apesar de não revelar os valores, o Vitória deve investir por ano mais de R$ 400 mil no time feminino.