O Trânsito e o Comércio na Cidade

Do Blog da ACIAV



Desde quando o projeto do vereador Pedro Queiroz estava para ser aprovado pela Câmara dos Vereadores, a ACIAV, representando os comerciantes, tem se posicionado a favor de uma discussão mais ampla e de soluções realmente viáveis que contribuam para o desafogamento do trânsito.
Porém, neste mês de setembro, já como lei municipal, as proibições de descarga no comércio durante o horário comercial começaram, dificultando o abastecimento de várias lojas, em especial, os supermercados.
Após algumas reuniões na prefeitura, ficou acertado que a Câmara dos vereadores vai debater sobre uma emenda propondo as seguintes alterações:
. No centro da cidade, na Praça Duque de Caxias e Av.Mariana Amália e em outras ruas que serão detalhadas, o descarregamento de mercadorias só será permitido de 18 à meia-noite;
. Fora desta área, estarão autorizadas as entregas às terças, quartas e quintas, durante o horário comercial.

Relembramos que outras medidas já foram propostas à prefeitura,no início de maio,e que foram novamente entregues para reforçar os argumentos e o posicionamento do setor comercial, como reeditamos abaixo:

REUNIÃO DA ACIAV REALIZADA EM 02-05-11
OFÍCIO COM O POSICIONAMENTO DO EMPRESARIADO LOCAL ENTREGUE AO PREFEITO

Aos dois dias do mês de maio de 2011, a ACIAV reuniu em sua sede boa parte do empresariado local, ao final desta abaixo relacionados, para a discussão sobre o Projeto de Lei nº 001/2011, aprovado pela Câmara Municipal, que determina o horário de descarregamento e entrega de mercadorias no comércio local.
Apesar da diversidade de segmentos do nosso comércio, foi unânime a posição de que o horário para descarga de 18 às 24h, conforme propõe o referido projeto, é totalmente inviável. Muitas entregas são feitas por transportadoras; por empresas de fora do estado e por outras que, dificilmente se adequariam a este limitado e inadequado horário.
Alguns pontos contrários foram enumerados, como a questão da segurança e dos custos, não só para os comerciantes, como também para seus fornecedores.
A circulação de caminhões e veículos de entrega é essencial para o abastecimento de todo o comércio e conseqüente incremento econômico para o município.
A aprovação de tal medida pode até mesmo prejudicar a entrega de várias lojas para o consumidor final, que também se valem de veículos de carga para este fim.
Diante da nossa realidade, todos concordaram que o problema maior no trânsito dá-se basicamente por deficiências estruturais na nossa cidade. Assim, várias sugestões e propostas foram apresentadas, conforme sintetizamos abaixo:

1º A circulação de kombis, vans e caminhonetes de transportes de pessoas poderia ser retirada de dentro da cidade. Pontos de parada poderiam ser regularizados em locais estratégicos, como na Rodoviária, no pátio ao final da Avenida Mariana Amália e na BR (na pista);
2º Organizar e regulamentar os pontos dos mototaxistas, limitando a quantidade de motos por pontos;
3º Estabelecer, dentro do centro comercial, ruas com especificações para 2 ou 3 vagas permitidas, por quarteirão, para descarregamento dos caminhões, como na Rua André Vidal de Negreiros, na Av.Mariana Amália, 15 de Novembro, Duque de Caxias, Primitivo de Miranda, e várias outras;
4º Parte da Praça Duque de Caxias, que hoje já funciona como estacionamento para carros de passeio, poderia ser destinada para vagas de carga e descarga;
5º Maior fiscalização para a redução de circulação de veículos e de motoristas em situação irregular;
6º Os comerciantes não utilizarem as calçadas para expor seus produtos, como extensão de suas lojas;
7º Os comerciantes não se valerem de “cavaletes” para guardar vagas de estacionamento, que são publicas e não particulares;
8º Em ruas como a 15 de Novembro, onde é permitido o estacionamento, sinalizar a colocação dos carros de forma transversal, o que impediria o congestionamento do trânsito, já que não seria permitido o estacionamento dos dois lados da rua, e aumentaria o número de vagas;
9º A urbanização de travessas, como a Capitão Fagundes e o remodelamento de várias ruas;
10º A utilização do pátio no final da Avenida Mariana Amália para estacionamento complementar de taxistas, kombis, vans, caminhonetes e mototaxistas, permitindo que os pontos já existentes ou aqueles que possam ser remanejados, fiquem com menos veículos, reduzindo o congestionamento e dando lugar a pequenas áreas regulamentadas para carga e descarga;
11º A criação de uma proposta com exigência de áreas de garagem ou estacionamento para novas construções;
12º Aumento da fiscalização e rigor quanto ao cumprimento dos procedimentos a serem adotados;
13º A reestruturação das feiras, pela gestão do município, de forma planejada e eficiente, em médio prazo;
14º A elaboração imediata de um Plano Diretor, visando os próximos anos, diante do crescimento da nossa cidade.
Assim sendo, a Associação Comercial Industrial e Agropecuária da Vitória de Santo Antão, como órgão representativo de setores que muito contribuem para a economia da nossa cidade, coloca-se à disposição para participar de quaisquer ações e discussões que possam contribuir para a melhoria das condições de vida no nosso município.








JAILTON ALBUQUERQUE 
PRESIDENTE DA ACIAV