Em meados da década de 1950, em Galiléia viviam cerca de 140 famílias de trabalhadores rurais vivendo da agricultura de subsistência.
Para viverem no local, os trabalhadores pagavam foro, cujo aumento do valor passou a colocar os foreiros (trabalhadores) em situação de incapacidade de saldá-lo. Diante da situação de penúria de seus trabalhadores, no engenho, em 1955, foi fundada a Sociedade Agrícola e Pecuária de Plantadores de Pernambuco – primeiramente conhecida como Sociedade Beneficente dos Defuntos – com fins de assistência mútua, como a formação de um fundo mútuo para assistência médica e jurídica, criação de escolas e de um caixa funerário para os associados -, para a presidência da qual o próprio dono do engenho, Oscar Beltrão, foi convidado (numa atitude que não se sabe exatamente de afronta ou de solidariedade).
Mais tarde, a situação se configuraria conflituosa, sendo que o filho de Oscar Beltrão, no intuito de debelar a organização da SAPPP e de tomar as terras do engenho para a criação de gado, expressou sua atitude de expulsar os foreiros. Estes, ao saberem da expulsão lutam pelo direito à terra em que residem e da qual tiram seu sustento. Na sua luta, angariam o apoio de parlamentares e advogados, como é o caso do deputado Francisco Julião.
Francisco Julião com camponeses, na desapropriação do Engenho Galiléia, em 1959. (Diario de Pernambuco) |
Fonte: Wikipédia
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