Punhado de terra

Pequena vila, grande cidade histórica
felizarda em nascer em solo tão gentil
pequeno grão e areia em mapa à retórica
madeira de fogo, matas, rios – Brasil.
Com Tabocas simples em montes lutamos
Três raças unidas no auxiliando, morrendo
Liberdade se formando, nos irmanando
O povir se fez com lutas, brilhando.
Cidadãos de elita: Aragão, Peixe, Holanda, Xavier
– Taboquinhas Cana Verde, Boi Carrasco, Camelo e Leão
troças, maracatus tradicionais e “ferve”
quem não te ama de todo coração?
Tapacurá – recreio de muita gente, infantil
Tabocas onde banhou do Norte o Leão
engenhos, cultura, Diogo de Braga, céu de anil
meu punhado de terra, Vitória de Santo Antão.

In SIQUEIRA, Júlio, Antologia da Poesia Vitoriense.
Extraído da Revista do Instituto Histórico, edição XIII. 
Texto da revista escrito por Inam Freitas de Albuquerque, vitoriense, filha de José Mário Silvério Coelho [Zeca Peixe] e Alice Porciana de Freitas.