Dr. Ivo Queiroz e as doações de terrenos para a construção de casas, a partir de 1963

O Dr. Ivo Queiroz Costa, médico humanitário e hábil político, por duas vezes prefeito do município e deputado estadual, tem baseado sua atividade na assistência às classes humildes e desfavorecidas da população, proporcionando-lhes, ano a ano, de janeiro a dezembro, haja ou não eleição, receitas, remédio, internamentos, através da Casa de Saúde e Maternidade mantida pela “Associação de Proteção à Infância e à Maternidade da Vitória de Santo Antão.” (Atual APAMI)*.

 Desde a sua primeira administração, em 1963, iniciou ele a distribuição de pequenos tratos de terras, nas vizinhanças da cidade, medindo em média, cada um 4ms.  X 9 ou 5ms. X 10, favorecendo a construção, nos mesmos, de casinhas de todo tipo, em taipa em, alvenaria, ou num misto de taipa e alvenaria, trabalho este que foi principiado no lugar vulgarmente conhecido por ‘Pitada”, no bairro de Água Branca, em terreno pertencente à Prefeitura, onde o prefeito anterior, Sr. José Augusto Ferrer, iniciara a construção de uma “Vila”, tendo deixado quatro prédios de boa feição.

 Voltando a governar o município em 1977, o Dr. Ivo Queiroz passou a concentrar seu esforço e atenção na continuidade desse programa, e assim, surgiram centenas de casinhas dos mais variados tipos à margem da nova estrada para a Escada, cujas áreas construídas geralmente chegam a 40 ms2, tendo sido distribuídos 1.200 lotes já utilizados, formando o a que denominou de “Núcleo Habitacional Dr. Adélio de Andrade” e posteriormente, “Vila Lídia Queiroz”. Todas as ruas então formadas foram calçadas e receberam iluminação com lâmpadas de vapor a mercúrio, dispondo este conjunto de escolas, posto médico e até churrascaria.

 Em Maués, junto à vila da COHAB, doou o Dr. Ivo Queiroz 615 lotes, onde foram imediatamente edificadas casinhas, tendo as ruas recebido benefícios do calçamento e de iluminação, etc.

 Em terreno situado atrás da antiga Rua da Descoberta, junto à Cerâmica União, à margem do Tapacurá, permitiu que o povo construísse 500 casinhas, cuja área tem beneficiado.

 Digno de louvor, sem dúvida, tal procedimento, pois faz justiça à camada do povo quase desassistidas, ensejando-lhe a conquista de um dos maiores bens que é a casa própria, merecendo, porém, restrições pelo fato de não vir sendo esse trabalho precedido de estudos sob o ponto de vista urbanístico, dentro de um plano técnico e racionalmente traçado ( ótico, dentro de um plano técnico e racionalmente traçado (o que em nada dificultaria a meta a ser atingida, antes a valorizaria) e de não receberem os benefícios títulos legais de domínio dos tratos de terra que lhes são doados.

Evidencia-se, com tristeza, que a cidade da Vitória de Santo Antão vem crescendo, em pleno fim do século XX, desordenadamente, como se formou desde os inícios do povoamento, perpetuando-se o seu desalinhamento e os graves defeitos que se notam nos seus contornos, sério problema para os administradores do futuro.

* Incremento do Blog:
·   Texto mantido em formato original.

Fonte: José Aragão – Livro História da Vitória de Santo Antão, Volume 2.

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