João Cleofas de Oliveira – PARTE 03

 CONFIRA: PARTE 01
                      PARTE 02
 Para concluir a biografia de João Cleofas de Oliveira damos uma síntese geral.

Confira abaixo os votos que obteve quando eleito Deputado Federal:
Ano    Cargo       Votação      Partido
1925  Dep. Estadual 11.064    PDS
1934  Dep. Federal  17.430    (2º turno) (DP) Dissidência Pernambucana
1945  Dep. Federal  19.491    UDN Constituinte
1950  Dep. Federal  13.309    Coligação Democrática
1958  Dep. Federal  26.348    Oposições Unidas
1965  Dep. Federal  223.265  UDN
Fonte: Mapas eleitorais do TER
 O quadro a seguir permite acompanhar a quantidade de votos obtidos por João Cleofas nas eleições majoritárias que disputou para o Governo do Estado e para o Senado, bem como por seus principais adversários.
GOVERNO DO ESTADO
Ano 1950
João Cleofas – 186.857 votos
Agamenon Magalhães – 196.880 votos
Ano 1954
João Cleofas – 203.611 votos
Cordeiro de Farias – 239.315 votos
Ano 1962
João Cleofas – 251.146 votos
Miguel Arraes – 264.499 votos
Armando Monteiro Filho – 36.499 votos
SENADO DA REPÚBLICA
Ano 1966
João Cleofas – 326.915 votos
Armando Monteiro Filho – 271.568 votos
Ano 1974
João Cleofas – 478.369 votos
Marcos Freire – 605.953
Fonte: Mapas eleitorais do TER
Obras e trabalhos publicados por João Cleofas:
 Durante a sua longa trajetória de político e de administrador público, sobretudo quando foi ministro da
Agricultura, deputado federal e senador, João Cleofas de Oliveira publicou vários livros e livretos nos quais expressa suas
idéias e pensamentos sobre variadas questões de interesse do País. O seu objetivo era difundir essas idéias e dar maior
visibilidade às suas ações. Algumas dessas publicações estão relacionadas a seguir.
– Estudos de Economia – Pernambuco (1933).
– Contribuição à Solução das Secas no Nordeste (1952).
– Desorganização Financeira do País (1946).
–Problemas e aspectos da produção e da economia agrária no Brasil (1952), em que reproduz conferência
pronunciada na Associação Comercial do Rio de Janeiro, em 3 de dezembro de 1952.
– A Seca no Nordeste e a Atuação do Ministério da Agricultura (1953) reproduz exposição feita à Câmara
Federal, no Rio de Janeiro, em 7 de maio de 1953.
– Panorama da Agricultura Brasileira (1953).
– A Mecanização Agrícola no Brasil (1954), em que afirma que o problema do desenvolvimento da produção
agrícola interessa a todos os países do mundo.
– Depoimento sobre a Reforma Agrária (1961), contendo discurso feito na tribuna da Câmara Federal, em 3 de
agosto de 1961.
– Reforma Agrária no Brasil (1960), livro feito com base em conferência proferida no Instituto Joaquim Nabuco
de Pesquisas Sociais (hoje Fundação Joaquim Nabuco), em 4 de fevereiro de 1960.
– Política de Desenvolvimento do Nordeste (1967), com discurso proferido no Senado, em 7 de julho de 1967.
– A desordem orçamentária (1968), contendo pronunciamento feito no Senado, em 24 de outubro de 1967.
– Aspectos da Reforma Agrária no Brasil (1969), com discurso feito no Senado, em 24 de novembro de 1969.
– Falando ao Senado e ao Congresso (1971), contendo discurso de despedida da Presidência do Congresso, feito
em 30 de março de 1971.
 João Cleofas morreu de infecção pulmonar em 17 de setembro de 1987, aos 89 anos, no Rio de Janeiro, onde seu corpo foi sepultado no Cemitério de São João Batista.
 A notícia do seu falecimento obteve grande repercussão na sociedade, principalmente entre os políticos e
empresários que o conheciam. Os jornais noticiaram o fato e abriram bons espaços em suas páginas para falar sobre a morte e a trajetória de homem público percorrida por Cleofas. A começar pelo periódico Jornal da Vitória, editado em Vitória de Santo Antão, que estampou na sua primeira página da edição Nº 16 – ano IX: “Vitória perde o seu maior homem público: Morre o ex-ministro João Cleofas de Oliveira”. O jornal registra que a Prefeitura Municipal, “numa demonstração do sentimento da comunidade pela despedida derradeira do valoroso conterrâneo, decretou luto oficial por três dias”.
  De acordo com o periódico, no dia da morte do ex-ministro, o comércio vitoriense, às 16 horas, cerrou as portas “em respeito à memória desse grande brasileiro”. Registra, ainda, que os amigos de Cleofas prestaram-lhe homenagens por meio das emissoras de rádio locais. O Diario de Pernambuco, na edição de 18 de setembro de 1987, também dedicouampla cobertura ao falecimento do ex-ministro, publicando matérias com declarações de pessoas que o admiravam.
CRONOLOGIA RESUMIDA
1899 – Em 10 de setembro, nasce joão Cleophas de Oliveira, no Engenho Pirapama, em Vitória de Santo Antão,
Pernambuco.
1921 – Diploma-se em Engenharia Civil, pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
1922 – É eleito prefeito de Vitória de Santo Antão e, após cumprir o mandato, é eleito vereador da cidade.
1925 – É eleito deputado estadual em Pernambuco.
1931 – É nomeado, pelo interventor federal Carlos de Lima Cavalcanti, secretário estadual de Agricultara, Viação
e Obras Públicas.
1934 – É eleito para o seu primeiro mandato de deputado federal para a Legislatura de 1935/39.
1945 – Após o Estado Novo, é eleito para a Assembléia Nacional Constituinte, seu segundo mandato federal.
1950 – É eleito para o terceiro mandato de deputado federal para a Legislatura de 1951/1954. – Disputa e perde o
Governo de Pernambuco para Agamenon Magalhães, por uma diferença de 10 mil votos.
1951 – É nomeado em 31 de janeiro para o cargo de ministro da Agricultura, ficando na pasta até 17 de junho de
1954.
1954 – Disputa e perde, como candidato da UDN, o governo de Pernambuco, para Osvaldo Cordeiro de Farias,
por uma diferença de 35 mil votos.
1958 – É eleito para o quarto mandato de deputado federal para a Legislatura de 1959/1962.
1962 – Disputa e perde, como candidato do Partido Republicano e com apoio da UDN, o governo de
Pernambuco, para Miguel Arraes de Alencar, por uma diferença de 13 mil votos.
1966 – É eleito senador da República, em 15 de dezembro, pela ARENA, derrotando o candidato do MDB,
Armando Monteiro Filho.
1970 – É eleito presidente do Senado Federal e, conseqüentemente, do Congresso Nacional, tomando posse em 1º
de abril.
1971 – Preside a representação do Congresso Brasileiro no Seminário de Reforma Agrária, realizado em Bogotá,
na Colômbia.
1974 – Disputa, pela ARENA, a reeleição par o Senado e perde para o candodato do MDB, Marcos Freire.
1987 – Em 17 de setembro, morre, aos 89 anos, vítima de infecção pulmonar, numa clínica do Rio de Janeiro.
Fotografias:

Texto extraído do livro PERFIL PARLAMENTAR SÉCULO XX, JOÃO CLEOFAS, Trajetória política: ascensões e tropeços.