João Cleofas de Oliveira – Parte 1

 Não poderíamos deixar de fora na série BIOGRAFIAS este grande político vitoriense, nesses dias vocês estaram conhecendo sua história, a história de um político que amou verdadeiramente a “terra das Tabocas”.


 As raízes de João Cleofas de Oliveira estão intimamente ligadas à Zona da Mata, mais especificamente à cultura açucareira de Pernambuco. Ele nasceu no Engenho Pirapama, em Vitória de Santo Antão, no dia 10 de setembro de 1899 (especula-se que no seu registro constava a data de 22 do mesmo mês e ano). Era filho de Augusto Teixeira de Oliveira e
de Maria Florentina Teixeira de Oliveira. Foi no próprio engenho que iniciou os estudos de grau primário, sempre comandados de perto por sua mãe. Depois, interno no Colégio Porto Carreiro, no Recife, concluiu os estudos primários e deu seqüência ao seu aprendizado escolar.

 A família Teixeira de Oliveira era proprietária de uma pequena usina de açúcar. Embora seu Augusto tivesse pouca instrução, dona Maria Florentina, mesmo de origem mais modesta, chegou a ingressar na Faculdade de Direito. Mas não terminou o curso, devido a questões de ordem pessoal e familiar, o que, de certa maneira, era bastante comum no final do século XIX, quando pouquíssimas mulheres tinham o direito, e mesmo o consentimento dos pais para freqüentar uma escola de nível superior. Em muitos casos, as mulheres eram tolhidas até mesmo de estudar cursos primário e de segundo grau. Isso ocorria, sobretudo, no interior do Nordeste, onde reinava, com brilho máximo, o coronelismo, numa sociedade
excessivamente machista.

 João Cleofas era casado com dona Maria Olenka Carneiro da Cunha de Oliveira, filha de Francisco Solano Carneiro da Cunha, deputado por Pernambuco na Assembléia Constituinte de 1934 e, depois, eleito deputado federal, permanecendo no cargo até o golpe que originou o Estado Novo, em novembro de 1937. Com dona Maria Olenka, João Cleofas teve seis filhos: Maria Deulina, João Murilo (este falecido), Augusto Oliveira, Maria Violeta, Maria de Lourdes e Maria Dulce.

Antes de decidir ingressar na política e na vida pública, Cleofas cursou a Escola Livre de Engenharia de Pernambuco. Em seguida, ele se transferiu para a Escola Politécnica do Rio de Janeiro (posteriormente, Escola Nacional de Engenharia), pela qual conquistou o diploma de engenheiro civil, em 1921.

Texto extraído do Livro Perfil Parlamentar século XX – JOÃO CLEOFAS, Trajetória política: ascensões e tropeços

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