Beco de Feira

CleitonFerraz
20/08/2017

No Centro de Vitória de Santo Antão, é possível encontrar vários becos que dão acesso a parte mais escondida da feira livre. São de grande parte estreitos, onde se pode encontrar de tudo: artigos infantis, fantasias, calçados, roupas, cereais, frutos do mar, barbearia… São centenas de pessoas por dia, tornando esses becos e ruas estreitas em verdadeiras veias que não param de pulsar.

Nesta foto, achei bacana a iluminação dramática, e o estreito, dando profundidade a fotografia. Por um certo tempo, esperei o clique certo em que alguém pudesse passar no fundo e registrar. Usei filtros, e dei um contraste mais forte, dando ainda mais um peso a iluminação dramática, uma verdadeira fotografia de rua.

O Tapacurá

CleitonFerraz
26/07/2017

O rio Itapacurá (conhecido popularmente como Tapacurá) tem sua nascente em 3 cidades: Pombos, Gravatá e Chã Grande. Sua extensão é de 72 Km, passando pela cidade de Vitória de Santo Antão até seu limite na Foz de São Lourenço da Mata.

O rio por sua vez, tem sua importante contribuição no abastecimento da capital pernambucana e região metropolitana (25% da água). O Tapacurá carrega consigo não somente as águas de suas nascentes, mas a história de um povo que lutou bravamente por suas terras e independência, dando o início em suas margens o estopim para a Insurreição Pernambucana, com a Batalha das Tabocas.

Tenho um carinho por está fotografia. Mostra justamente o Tapacurá em sua forma, em um dos seus principais trechos durante seu caminho pela cidade de Vitória.

Foi difícil registrar uma fotografia legal que mostrasse a sua beleza, já que a mesma sofre com poluições. Aproveitei o que chamamos de “Golden Hour”, ou “Hora Dourada”, onde a luz do sol está dourada em seu pôr. Tive o maior cuidado para que a poluição do rio também não poluísse a fotografia, já que minha missão era mostrar a beleza deste rio. Por fim, um belo registro do Tapacurá em sua passagem por nossa querida Vitória de Santo Antão.

O voo

CleitonFerraz
15/07/2017

Os pombos são aves de pequeno e médio porte, com pescoço, bico e patas curtas, que se alimentam de sementes e frutos. O casal que se reúne na época de reprodução constrói ninhos não muito sofisticados, onde chocam dois a três ovos brancos. Sua estimativa de vida pode chegar, em média, até os 15 anos.

Uma curiosidade dessas aves é o que os pais diluem os alimentos em suas moelas, e regurgitam para que seus filhotes possam se alimentar, o chamado “Leite de Pomba”

Quem não acha fofas essas aves simpáticas? Eles estão por todos os cantos. Basta você jogar quaisquer petiscos e eles formam aquele grupo de aves esfomeadas. São aves dóceis e urbanas, constroem seus ninhos em lugares bem escondidos e protegidos.

Essa foto foi tirada na Praça da Matriz, onde podemos encontrar dezenas dessas aves. No céu tinha poucas nuvens, e essa dupla me chamou atenção.

Queria exatamente uma fotografia como esta. O seu decolar. Coloquei o máximo de zoom que minha 135 mm poderia chegar, aumentei a velocidade de disparo, e pacientemente esperei o momento certo. Então pude registrar a imagem que justamente queria pausar o seu voo, o registro da liberdade.

A Feira

CleitonFerraz
15/06/2017
O grande Luiz Gonzaga
O nosso Rei do Baião
Eternizou em sua voz
A cidade de Vitória de Santo Antão

Foi no álbum: “Sertão do Araripe”
Que Vitória foi conhecida
Uma cidade de tanta história
De grandes povos e conquistas
Gente que não arreda o pé
E não desiste de suas vidas

Mas é de sua feira que quero falar
Assim como luiz quis cantar
É grande a variedade
Que se perde até de vista
cabra que não encontrar o que precisa
Só pode estar cego do zóio
Ou é doente da vista

Tem tudo que você precisa
Até mais do que possa imaginar
Vai de comida a construção
De barzinho a Mercadão
De panela a vestimenta
Diversidade não pode faltar

E no beco do “Diga moço”
Onde tudo fica mais fácil
É tanta coisa de vista
que o cabra fica até desmantelado
Que você até pergunta
como arrumaram tanto espaço

Você precisa ver
Pra tirar a conclusão
Que em Vitória de Santo Antão
Tem feira, e tem história
E gravado na memória
Onde até até o Rei do Baião
Deixou seu coração

Nesta fotografia, quis mostrar algo que me chamou muita atenção, que são as variedades de produtos expostos a venda. Não são como os supermercados que cada produto é separado em um corredor, que segue um determinado seguimento, tudo está um do ladinho do outro. São objetos para limpezas, juntos com prendedores para cabelo, e de ladinho de tampas para panelas. Em diagonal, na missão de pegar vários produtos, dei profundidade na fotografia com o intuito de preenchendo quase todo o quadro com aqueles objetos.

Sou do interior

CleitonFerraz
03/06/2017

Sou do interior. Aqui a gente almoça e tem tempo de tirar um cochilo antes de voltar ao trabalho. Aqui a gente anda a pé porque tudo é pertinho, aqui a gente puxa a cadeira da cozinha, leva pra calçada no final da tarde, pra falar da vida com os amigos. O cheiro do café quentinho a gente sente da calçada. A gente dá Bom dia, Boa tarde, Boa noite, a gente chama o vizinho de “Fio” e a vizinha de “Fia”. Aqui é fácil ver a dona Maria varrendo a calçada com uma vassoura feita de mato. A gente vê a vida passar da janela, e recebe leite na porta de casa. Tenho orgulho de ser da Zona da Mata pernambucana, tenho orgulho de ser do interior e não troco isso por cidade grande nenhuma!

Nessa fotografia, quis retratar a simplicidade e a calmaria do interior.   Utilizei a “Regra dos Terços”, colocando o primeiro e o segundo plano em seus devidos lugares na regra, dando um bom conforto ao olhar. Na pós-produção usei cores que rementem ao “Vintage”, dando um aspecto quase envelhecido, harmonizando os objetos fotografados com a mensagem passada.