Torre da Matriz de Santo Antão

CleitonFerraz
15/11/2017

Com sua arquitetura neoclássica com um pouco da arte de origem Grega e Romana, a Igreja Matriz de Santo Antão chama atenção pela sua altura, e suas duas lindas torres que levam ao seu topo uma obra geometricamente linda e delicada. Com sua construção findada no ano de 1881 planejada pelo italiano Frei Francisco Maria de Vicenza, da ordem dos Capuchinhos, deixou para nós vitorienses, um belíssimo cartão postal cheio de histórias, detalhes, arte, e fé.

Na fotografia, quis registrar somente uma das duas torres que compõem está belíssima igreja. Bem no centro, o personagem principal, solitário, deixando os céus ser o plano de fundo a grandeza da foto, retratando a ligação do concreto da fé, ao gigantesco abstrato do mesmo.

Antônio Dias Cardoso

CleitonFerraz
19/09/2017

Antônio Dias Cardoso foi um militar português, e um dos principais líderes da Insurreição Pernambucana, movimento responsável pela expulsão dos holandeses do Nordeste no Brasil. Conhecedor das técnicas de combate dos indígenas, foi apelidado de “mestre das emboscadas”

Teve uma participação  extraordinária na Batalha das Tabocas, no ano de 1645, aqui em Vitória de Santo Antão. Antônio Dias Cardoso morreu 1670, na cidade do Recife.

Andando pelo centro da cidade de Vitória, é fácil encontrar algumas praças em seu interior.  Uma delas é a Praça da Restauração, no bairro do Livramento. Assim como a estátua do Anjo, na vizinha Praça 03 de Agosto, também podemos encontrar o busto do grande Sargento-Mor Antônio Dias Cardoso. Uma escultura que retrata bem o personagem, em um local ideal e avistável.

O Anjo

CleitonFerraz
02/09/2017

A estátua foi encontrada próxima ao Recife, após um naufrágio de um navio de bandeira americana, em 1878. A peça então foi leiloada e comprada pelo Belmiro da Silveira Lins (tenente-coronel da Guarda Nacional), o Barão de Escada, que então repassou para o primeiro Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Luís Raimundo da Silva Brito, durante uma visita à paróquia de Santo Antão, principal igreja e cartão postal de Vitória de Santo Antão. Em 1902, o arcebispo resolveu doar o monumento do anjo ao município, para homenagear a vitória na Batalha das Tabocas.

Esta imagem mostra como é bem trabalhado os traços do anjo, uma arte feita carinhosamente pelo escultor. O céu sem nuvens lhe deu um fundo perfeito, o destacando, deixando o centro das atenções. As folhas, propositalmente como moldura para a fotografia.

Beco de Feira

CleitonFerraz
20/08/2017

No Centro de Vitória de Santo Antão, é possível encontrar vários becos que dão acesso a parte mais escondida da feira livre. São de grande parte estreitos, onde se pode encontrar de tudo: artigos infantis, fantasias, calçados, roupas, cereais, frutos do mar, barbearia… São centenas de pessoas por dia, tornando esses becos e ruas estreitas em verdadeiras veias que não param de pulsar.

Nesta foto, achei bacana a iluminação dramática, e o estreito, dando profundidade a fotografia. Por um certo tempo, esperei o clique certo em que alguém pudesse passar no fundo e registrar. Usei filtros, e dei um contraste mais forte, dando ainda mais um peso a iluminação dramática, uma verdadeira fotografia de rua.

O Tapacurá

CleitonFerraz
26/07/2017

O rio Itapacurá (conhecido popularmente como Tapacurá) tem sua nascente em 3 cidades: Pombos, Gravatá e Chã Grande. Sua extensão é de 72 Km, passando pela cidade de Vitória de Santo Antão até seu limite na Foz de São Lourenço da Mata.

O rio por sua vez, tem sua importante contribuição no abastecimento da capital pernambucana e região metropolitana (25% da água). O Tapacurá carrega consigo não somente as águas de suas nascentes, mas a história de um povo que lutou bravamente por suas terras e independência, dando o início em suas margens o estopim para a Insurreição Pernambucana, com a Batalha das Tabocas.

Tenho um carinho por está fotografia. Mostra justamente o Tapacurá em sua forma, em um dos seus principais trechos durante seu caminho pela cidade de Vitória.

Foi difícil registrar uma fotografia legal que mostrasse a sua beleza, já que a mesma sofre com poluições. Aproveitei o que chamamos de “Golden Hour”, ou “Hora Dourada”, onde a luz do sol está dourada em seu pôr. Tive o maior cuidado para que a poluição do rio também não poluísse a fotografia, já que minha missão era mostrar a beleza deste rio. Por fim, um belo registro do Tapacurá em sua passagem por nossa querida Vitória de Santo Antão.

O voo

CleitonFerraz
15/07/2017

Os pombos são aves de pequeno e médio porte, com pescoço, bico e patas curtas, que se alimentam de sementes e frutos. O casal que se reúne na época de reprodução constrói ninhos não muito sofisticados, onde chocam dois a três ovos brancos. Sua estimativa de vida pode chegar, em média, até os 15 anos.

Uma curiosidade dessas aves é o que os pais diluem os alimentos em suas moelas, e regurgitam para que seus filhotes possam se alimentar, o chamado “Leite de Pomba”

Quem não acha fofas essas aves simpáticas? Eles estão por todos os cantos. Basta você jogar quaisquer petiscos e eles formam aquele grupo de aves esfomeadas. São aves dóceis e urbanas, constroem seus ninhos em lugares bem escondidos e protegidos.

Essa foto foi tirada na Praça da Matriz, onde podemos encontrar dezenas dessas aves. No céu tinha poucas nuvens, e essa dupla me chamou atenção.

Queria exatamente uma fotografia como esta. O seu decolar. Coloquei o máximo de zoom que minha 135 mm poderia chegar, aumentei a velocidade de disparo, e pacientemente esperei o momento certo. Então pude registrar a imagem que justamente queria pausar o seu voo, o registro da liberdade.

O Damas

CleitonFerraz
01/07/2017

“A vitória das vitórias
É a nossa querida Vitória
Que com sua simplicidade
Construiu no Damas uma história

História bonita que ficou na história
História não nos livros escrita 
Escrita no coração e na memória

É bonito e gratificante
Para todos que fazem parte desta história
Ver que o Damas vale à pena
Essa resposta quem nos deu foi Vitória

Vitória e tantos outros
Que no Damas escrevem uma história
E hoje já longe daqui
Estão presentes na nossa memória…”

– Trecho de uma poesia feita pela  Ir. Socorro Freire

O que me chamou atenção e me fez parar e registrar, foi a sua estrutura e detalhes que lembram o barroco. Pegar um ângulo completo não seria o mesmo, já que sua estrutura está sendo modernizada, na qual, justamente não queria dar importância, mas sim a sua essência histórica ainda presente.

No plano Contra-Plongeé, me aproxinmei ao máximo do muro garantindo um desfoque, e chamando a atenção para o sujeito fotográfico (o colégio).

A Feira

CleitonFerraz
15/06/2017
O grande Luiz Gonzaga
O nosso Rei do Baião
Eternizou em sua voz
A cidade de Vitória de Santo Antão

Foi no álbum: “Sertão do Araripe”
Que Vitória foi conhecida
Uma cidade de tanta história
De grandes povos e conquistas
Gente que não arreda o pé
E não desiste de suas vidas

Mas é de sua feira que quero falar
Assim como luiz quis cantar
É grande a variedade
Que se perde até de vista
cabra que não encontrar o que precisa
Só pode estar cego do zóio
Ou é doente da vista

Tem tudo que você precisa
Até mais do que possa imaginar
Vai de comida a construção
De barzinho a Mercadão
De panela a vestimenta
Diversidade não pode faltar

E no beco do “Diga moço”
Onde tudo fica mais fácil
É tanta coisa de vista
que o cabra fica até desmantelado
Que você até pergunta
como arrumaram tanto espaço

Você precisa ver
Pra tirar a conclusão
Que em Vitória de Santo Antão
Tem feira, e tem história
E gravado na memória
Onde até até o Rei do Baião
Deixou seu coração

Nesta fotografia, quis mostrar algo que me chamou muita atenção, que são as variedades de produtos expostos a venda. Não são como os supermercados que cada produto é separado em um corredor, que segue um determinado seguimento, tudo está um do ladinho do outro. São objetos para limpezas, juntos com prendedores para cabelo, e de ladinho de tampas para panelas. Em diagonal, na missão de pegar vários produtos, dei profundidade na fotografia com o intuito de preenchendo quase todo o quadro com aqueles objetos.

Sou do interior

CleitonFerraz
03/06/2017

Sou do interior. Aqui a gente almoça e tem tempo de tirar um cochilo antes de voltar ao trabalho. Aqui a gente anda a pé porque tudo é pertinho, aqui a gente puxa a cadeira da cozinha, leva pra calçada no final da tarde, pra falar da vida com os amigos. O cheiro do café quentinho a gente sente da calçada. A gente dá Bom dia, Boa tarde, Boa noite, a gente chama o vizinho de “Fio” e a vizinha de “Fia”. Aqui é fácil ver a dona Maria varrendo a calçada com uma vassoura feita de mato. A gente vê a vida passar da janela, e recebe leite na porta de casa. Tenho orgulho de ser da Zona da Mata pernambucana, tenho orgulho de ser do interior e não troco isso por cidade grande nenhuma!

Nessa fotografia, quis retratar a simplicidade e a calmaria do interior.   Utilizei a “Regra dos Terços”, colocando o primeiro e o segundo plano em seus devidos lugares na regra, dando um bom conforto ao olhar. Na pós-produção usei cores que rementem ao “Vintage”, dando um aspecto quase envelhecido, harmonizando os objetos fotografados com a mensagem passada.

O Leão Coroado

CleitonFerraz
23/05/2017

José de Barros Lima foi um militar, nasceu em recife por volta do século XVIII.  Foi capitão do Exército e preso pelo brigadeiro Manuel Joaquim Barbosa de Castro, por apoiar à causa republicana. Ignorando a ordem de prisão, sacou a espada e matou o brigadeiro, que por este fato, iniciou a Revolta Pernambucana de 1817.

Quando as tropas reais conteram o movimento, José de Barros Lima foi preso, e enforcado, na cidade de Recife. Suas mãos e cabeça foram cortadas, e seu corpo amarrado a um cavalo, sendo arrastado pelas ruas até o cemitério. Suas mãos e cabeça foram expostas em um quartel, em Olinda.

Todo vitoriense conhece este monumento chamado “O leão Coroado”, mas poucos sabem a história e o que representa tal obra. Decidir usar o ângulo “Plongeé”, deixando somente as partes mais marcantes do monumento, que são as mãos sendo colocadas entre as presas do leão. Neste ângulo engrandeci o objeto fotografado, conseguindo captar alguns detalhes da obra, como os músculos e expressão. usei um angulo de abertura em mais ou menos f/2, assim, desfocando o fundo e destacando o primeiro plano.