A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) firmou um convênio com o Parque Tecnológico de Eletroeletrônicos e Tecnologias Associadas de Pernambuco (Parqtel), vinculado à Secretaria de Ciências, Tecnologias e Inovação de Pernambuco (Secti), para desenvolver dispositivos de IoT (internet das coisas) aplicados ao controle e redução de perdas nos sistemas de abastecimento de água. A parceria possibilitará o aperfeiçoamento de dispositivos já criados pela Compesa e o desenvolvimento de novos produtos com o objetivo de reduzir os custos de aquisição desses tipos de equipamentos. Para se ter uma ideia, equipamentos que são vendidos no mercado por aproximadamente R$ 17 mil, poderão ser fabricados por R$ 180,00, representando uma economia de quase 99% para a Compesa.
A expectativa da companhia é, ainda neste ano, fechar os desenvolvimentos das melhorias dos dispositivos e já iniciar, no começo de 2020, as fabricações e instalações nos sistemas de abastecimento de água de todo Estado que ainda não contam com telemetria (medição a distância). “Começamos a desenvolver essas tecnologias dentro da Compesa, em 2017, no nosso Laboratório de Eletrônica. Agora com os recursos adicionais que o Parqtel oferece vamos evoluir nossa solução a um custo módico mensal, tendo em vista que este programa é uma subvenção do Governo do Estado para estimular o desenvolvimento e a inovação tecnológica de dispositivos eletrônicos em Pernambuco”, explica Anderson Quadros, engenheiro eletrônico da Compesa, informando que o trabalho está previsto para ser realizado no prazo de dois anos.
Por meio do convênio de cooperação técnica com a Secti, a Compesa teve o seu projeto incubado no Inbarcatel, que é o programa de incubação de projetos de inovação tecnológica do Parqtel. Dessa forma, a companhia tem acesso a toda infraestrutura do Centro de Manufatura Avançada do Parqtel, que disponibiliza recursos materiais e humanos: laboratórios de prototipação, serviços de ensaios de conformidade, uma sala privativa e um bolsista de desenvolvimento com formação em engenharia eletrônica que está dedicado integralmente ao projeto.
Dois colaboradores da companhia ainda atuam no ambiente do Parqtel. “Além da economia, esse trabalho trará ganhos na melhoria e continuidade do abastecimento de água para a população, pois diminuirá a ocorrência de eventos como vazamentos, que obrigam a paralisar o sistema para conserto da tubulação. Esses dispositivos serão utilizados para controle da produção de água e também na distribuição, ajudando a identificar e corrigir, em tempo real, alterações nas pressões e vazões das redes, possíveis anormalidades na operação e as perdas”, explica Anderson Quadros.
Foto: Aluísio Moreira/Divulgação