Bastou passar o Carnaval. E em apenas uma semana,os presidenciáveis começaram a se movimentar com mais força, mostrando que 2014 já chegou
Lula aproveitou ato do PT para lançar Dilma à reeleição: 2014 já chegou |
O sábado 16, logo após o Carnaval, foi o ponto de partida para uma sucessão de movimentos que colocaram fogo na política nacional e demonstraram que, no calendário eleitoral, 2014 já chegou. Em uma semana, houve lançamento de partido para dar suporte à candidatura presidencial, o embate entre duas das principais legendas brasileiras e a demonstração de força de um presidenciável de outra sigla.
No primeiro ato, dia 16, a ex-ministra Marina Silva reuniu simpatizantes em Brasília para o lançamento do seu novo partido, denominado de “Rede”. Um dia depois, foi iniciada na internet uma campanha para conseguir levantar as 500 mil assinaturas necessárias para registrar a sigla.
Para disputar as eleições de 2014, as assinaturas de apoio têm de ser apresentadas à Justiça Eleitoral até setembro. Segundo a legislação, o TSE precisa concluir a análise do processo até um ano antes do pleito para que o partido saia do papel. Por isso, a data limite este ano será 4 de outubro.
Já na quarta (23) foi a vez de o PT e o PSDB medirem força. Em um ato para festejar os seus dez anos de gestão no País, os petistas se reuniram em São Paulo para exaltar os feitos à frente do governo federal, num evento sob medida para catapultar a candidatura à reeleição da presidente Dilma.
Dirigentes dos partidos aliados foram convocados – Eduardo Campos preferiu não aparecer, mas o PSB mandou o dirigente Roberto Amaral – e coube ao ex-presidente Lula fazer o lançamento. Depois de uma série de ataques e ironias aos tucanos, ele encerrou o discurso com um pedido aos militantes presentes: “Nós vamos dar como resposta a eles (referindo-se aos tucanos) a reeleição da Dilma em 2014. É essa a consagração da política do Partido dos Trabalhadores”.
Poucas horas antes, em Brasília, o tucano Aécio Neves (MG) havia ocupado a tribuna do Congresso para atacar o que chamou de “incapacidade de gestão petista”, que estaria paralisando o País. O senador buscou resumir suas críticas aos governos do PT e à presidente Dilma em 13 pontos, numa alusão ao número do partido governista. Os 13 “fracassos” listados por Aécio focaram nos “erros de gestão” e “incongruências do governo que têm feito o País adernar em mar de ineficiência e equívocos”.
Um dia depois da disputa entre PT e PSDB, foi a vez de o governador Eduardo Campos – sempre citado como presidenciável do PSB – dar uma demonstração de força ao reunir, em Gravatá, os prefeitos dos 184 municípios pernambucanos para anunciar um “pacote de bondades” na relação com as prefeituras.
Aproveitou para criticar a burocracia na liberação de verbas pelo governo federal. Também entrou no embate com Aécio Neves, rebatendo a provocação do tucano: “Se eu preciso de um divã, ele (Aécio) precisa de dois”, ironizou Eduardo.