Novo laboratório para investigar lavagem de dinheiro de corrupção e sonegação é inaugurado em PE

O novo laboratório de combate ao crime de lavagem de dinheiro foi inaugurado, nesta quarta-feira (24), pela Polícia Civil. Segundo o Governo de Pernambuco, a unidade é um instrumento para investigar ações decorrentes de corrupção, desvios de recursos púbicos e sonegação fiscal.

O laboratório funciona na Rua Imperial, no bairro de São José, na área central do Recife. De acordo com o estado, é a primeira unidade desse tipo no Brasil instalada de forma integrada entre as Secretarias de Defesa Social e da Fazenda.

Com a ampliação das instalações e o aumento do número de servidores, a unidade conta com estrutura para rastrear dinheiro desviado e produzir provas para elucidar crimes fiscais. Além disso, vai atuar em ações para recuperar recursos roubados por organizações criminosas.

De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), este ano, a antiga estrutura do laboratório foi usada na apuração de crimes de lavagem de dinheiro, sonegação, corrupção, bem como tráfico de drogas, roubos a bancos e assassinatos. Atualmente, 50 investigações estão sendo executadas no estado.

Para o secretário-executivo de Defesa Social, Humberto Freire, a nova estrutura permite a identificação, de forma mais ágil, do caminho do dinheiro ilegal. “Duplicamos a capacidade desse laboratório e contamos com mais analistas e mais estações de trabalho de pesquisa e inteligência”, afirmou.

A parceria entre a SDS e a Secretaria da Fazenda facilita, de acordo com o governo, a ação contra a sonegação de impostos. O secretário-executivo da Fazenda estadual, Bernardo D’Almeida, destacou que o estado passa a ter informações provenientes de cruzamento de dados para poder chegar aos responsáveis pelas grandes somas de recursos desviados.

“Os contribuintes devem ao estado de Pernambuco R$ 17 bilhões. Com essa ferramenta, nós vamos poder combater e fazer uma cobrança qualificada”, afirmou.

Segundo D’almeida, os principais devedores em Pernambuco são os setores de alimentos e combustíveis. Para ele, o estado passa a ter condições, agora, de monitorar as operações que estão acontecendo.

“A entrada de gêneros alimentícios e de produtos de mais alta tecnologia vai poder ser monitorada pela Secretaria da Fazenda, através do laboratório da polícia judiciária, identificando o laranja ou a possível sociedade fictícia”, declarou.

 

G1 Pernambuco

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